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    BTG Pactual dará acesso a bitcoin em plataformas de investimento

    Mesmo com a forte correção desde a máxima histórica em abril, quando encostou em US$ 65 mil o bitcoin acumula valorização de mais de 60%

    Por Paula Arend Laier, da Reuters

    Clientes do BTG Pactual poderão investir diretamente nas moedas digitais bitcoin e ether no começo do próximo trimestre, conforme o maior banco de investimentos da América Latina reforça estratégia envolvendo essa crescente classe de ativos.

    “O BTG entendeu que havia uma grande oportunidade e lacuna no mundo de cripto”, disse André Portilho, responsável pela área de Ativos Digitais do BTG, que destaca ser o primeiro banco no país a dar acesso a esses ativos em suas plataformas.

    Apesar da forte volatilidade das moedas digitais, bem como um ambiente regulatório ainda embrionário, um número cada vez maior de empresas começou a aceitá-las como meio de pagamento, sendo a rede de cinemas norte-americana AMC um exemplo recente.

    Neste ano, mesmo com a forte correção desde a máxima histórica em abril, quando encostou em US$ 65 mil o bitcoin acumula valorização de mais de 60%, negociado na tarde da última sexta-feira ao redor de US$ 47.300.

    Para efeito de comparação, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, contabiliza no mesmo período um declínio em torno de 6%.

    O acesso ao mercado cripto para os clientes do BTG Pactual digital e do BTG+ será disponibilizado de maneira gradual, por meio da nova plataforma do grupo, Mynt, focada 100% em criptoativos. E o plano é incluir outras moedas digitais ao longo do tempo.

    “Teremos uma plataforma completa com ativos baseados em blockchain” afirmou Portilho, sem detalhar quais serão os novos ativos.

    “De imóveis a benefícios, temos uma série de ativos que podem ser tokenizados. Vamos explorar isso de acordo com as demandas do mercado e principalmente, sempre de acordo com a regulação vigente.”

    Ele acrescentou que vários desses ativos digitais também estarão disponíveis nas demais plataformas do BTG, mas não no sistema de home broker – o acesso será feito pelos aplicativos e sites do BTG Pactual.

    A liquidez das negociações, segundo o executivo, será feita pela própria Mynt, “assegurando preços competitivos com o mercado”.

    A plataforma incluirá conteúdo com o objetivo de educar e informar os clientes sobre essa tecnologia em um segmento em que já atuam nomes como o Mercado Bitcoin.

    “Acreditamos que isso, juntamente com todo o conteúdo educacional que vamos trazer junto, será não só um diferencial, como também vai ajudar no desenvolvimento do mercado”, afirmou.

    Essa não é a primeira incursão do BTG no mundo de criptomoedas. Em 2019, o grupo emitiu o security token ReitBZ. Em abril deste ano, lançou um fundo de bitcoin.

    Portilho não mencionou os valores envolvidos no novo negócio, afirmando apenas que o investimento está sendo feito de forma gradativa.

     

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