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    Bolsas da Europa fecham em alta, de olho em produção industrial e China

    Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,92%, a 7.385,17 pontos, enquanto o CAC 50, em Paris, avançou 0,22%, a 6.609,17 pontos

    Natália Coelho, especial para a AE, do Estadão Conteúdo

    As bolsas da Europa fecharam a segunda-feira (14) em alta, em sessão marcada por dados positivos da indústria da zona do euro.

    Também apoiaram o apetite por risco as expectativas de aperto monetário menos agressivo pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o suporte do governo chinês ao setor imobiliário no país.

    Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,92%, a 7.385,17 pontos, enquanto o CAC 50, em Paris, avançou 0,22%, a 6.609,17 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,58%, a 24.596,69 pontos.

    Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,84%, a 8.166,50 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em alta 0,62%, a 14.313,30 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 aumentou 0,71%, a 5.779,84 pontos. As cotações são preliminares.

    Mais cedo, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, informou que a produção industrial da zona do euro aumentou 0,9% em setembro ante agosto, acima da expectativa de analistas.

    Segundo a Capital Economics, o aumento deveu-se à recuperação na produção de veículos. Entretanto, a consultoria destaca que, apesar dessa produção seguir se recuperando, ela não deve compensar um declínio nos setores intensivos em energia.

    Nesta segunda, membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Fabio Panetta, disse que a política monetária deve evitar o deslocamento das expectativas da inflação por meio de ajuste nas condições monetárias, mas com cuidado para não gerar um aperto excessivo.

    Já o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, destacou que a previsão para a zona do euro é de uma recessão técnica na virada do ano, o que seguirá influenciando em uma política monetária mais apertada. As ideias influenciam os financiamentos das empresas e indicam um possível esfriamento nas economias dos países da zona do euro.

    Também nesta segunda, de acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, a China planeja medidas para garantir o “desenvolvimento estável e saudável” do setor imobiliário, o que possibilitaria a recuperação de incorporadoras chinesas, que lidam com uma crise de liquidez.

    O Banco Central do país também disse nesta segunda que irá permitir que o adiamento de pagamento de empréstimos feitos por pequenas empresas, como mais um esforço para sustentar o crescimento econômico.

    Entretanto, ao contrário das notícias positivas para as bolsas vindas da China, a fala de Christopher Waller, diretor do Federal Reserve, indica uma política mais hawkish nos Estados Unidos.

    O diretor afirmou que ainda há um caminho a percorrer em relação à inflação antes que o banco central do país pare de aumentar as taxas de juros, o que mexe com as ações de Wall Street e, na esteira, influencia nas bolsas da Europa.

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