Bolsas de NY fecham em queda, com varejo, Fed e crise geopolítica
Índice Dow Jones caiu 0,12%, o S&P 500 caiu 0,83%, e o Nasdaq recuou 1,54%,
As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira (16) em sessão marcada pelos resultados negativos das empresas de varejo e pressões geopolíticas causadas pelo míssil que atingiu a Polônia. Ainda, falas de dirigentes do Federal Reserve estiveram no radar de investidores.
O índice Dow Jones caiu 0,12%, aos 33553,83 pontos, o S&P 500 caiu 0,83%, aos 3958,79 pontos e o Nasdaq recuou 1,54%, aos 11183,66 pontos.
Nos Estados Unidos, diversos dirigentes do Fed vêm indicando uma desaceleração no ritmo do aumento da taxa de juros. Hoje, a presidente da distrital de Kansas City, Esther George, defendeu as altas, mas destacou que o ritmo deve ser menor.
A fala é semelhante com a de outros dirigentes, como a vice-presidente da instituição, Lael Brainard, e o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker. Já o presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, disse mais cedo que restaurar a estabilidade de preço é de “importância primordial”.
O Departamento do Comércio divulgou que as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 1,3% entre setembro e outubro, resultado melhor que o esperado pelo mercado. Entretanto, segundo análise da Oanda, os dados geraram temores de que a economia americana possa ser “resiliente demais” e, portanto, propensa a mais aumentos das taxas de juros por parte do Fed, deixando investidores mais cautelosos.
Ainda, apesar dos bons resultados do setor, a varejista Target fechou em baixa de mais de 13%, após reportar queda nas vendas. A Macys e a Kohl’s tiveram baixa de mais de 7%.
As incertezas quanto à geopolítica seguem elevadas, o que também diminui o apetite por investimentos. Mais cedo, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, anunciou que está certa de que a explosão foi resultado de um míssil ucraniano de defesa. Já o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou que não houve um “ataque deliberado” da Rússia à Polônia, mas responsabilizou Putin pela situação.