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    Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com mercado asiático, inflação e atividade econômica no radar

    Índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,23%, a 460,85 pontos

    Matheus Andrade, especial para a AE*, do Estadão Conteúdo

    As bolsas da Europa fecharam sem sinal único nesta segunda-feira (3) em uma sessão na qual uma série de setores ganhou impulso com o mercado asiático, que apresentou avanços, além do otimismo com a desaceleração da inflação após a divulgação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos no fim da última semana. No entanto, indicadores de atividade ao longo do pregão trouxeram preocupações com o quadro da economia global, e pesaram nos papéis.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,23%, a 460,85 pontos.

    A sessão contou com ganhos nas ações de petróleo, mineração, bancos e imóveis. “Os mercados asiáticos subiram na segunda-feira, começando o novo mês com uma nota forte”, escrevem os analistas do IG.

    “O declínio do PCE na sexta-feira foi visto como uma indicação de que a inflação estava diminuindo, enquanto no Japão as ações subiram depois que as pesquisas de sentimento dos fabricantes melhoraram pela primeira vez desde 2021”.

    A maior alta entre os principais índices foi do PSI 20, em Lisboa, que subiu 1,15%, a 5.988,18 pontos, impulsionado pela petroleira Galp, que avançou 3,54%.

    As ações da Assicurazioni Generali começaram segunda-feira atingindo o maior nível em um ano depois que a holding Delfin recebeu aprovação regulatória para aumentar sua participação na seguradora italiana para mais de 10%.

    Em Milão, os papéis da empresa subiram 3,38%, onde o FTSE MIB avançou 0,77%, a 28.446,90 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,56%, a 9.646,30 pontos.

    No entanto, na zona do euro, o PMI industrial caiu para 43,4 em junho, mais do que inicialmente estimado.

    Na Alemanha e no Reino Unido, os PMIs de manufatura também estão abaixo da marca de 50 que sinaliza queda de produção. O PMI industrial dos Estados Unidos medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) caiu de 46,9 em maio para 46 em junho.

    O resultado frustrou analistas consultados pela FactSet, que previam leve alta a 47. É mais uma evidência de que há uma recessão no horizonte americano, avalia a Capital Economics.

    Os resultados ajudaram na queda do FTSE 100, em Londres, que recuou 0,06%, a 7.527,26 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,41%, a 16.081,04 pontos. O CAC 40 teve queda de 0,18%, a 7.386,70 pontos, em Paris.

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