Bolsas da Ásia fecham sem direção única, após dados chineses mais fracos que o esperado
Para a Capital Economics, a recuperação pós-pandemia de Covid-19 da China deverá se "esgotar" na segunda metade do ano
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira (16), após novos sinais de que a economia chinesa está mais fraca do que se imaginava.
Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,60%, a 3.290,99 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa de 0,71%, a 2.019,38 pontos.
Dados oficiais chineses mostraram que, na comparação anual, a produção industrial subiu 5,6% e as vendas no varejo cresceram 18,4% em abril, enquanto os investimentos em ativos fixos avançaram 4,7% no acumulado dos primeiros quatro meses do ano.
Todos os números vieram abaixo das expectativas de analistas.
Para a Capital Economics, a recuperação pós-pandemia de Covid-19 da China deverá se “esgotar” na segunda metade do ano.
“Enquanto isso, o desafiador cenário global impedirá um aumento significativo das exportações chinesas”, previu Julian Evans-Pritchard, economista-chefe de China da consultoria britânica, em nota a clientes.
Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei subiu 0,73% em Tóquio, a 29.842,99 pontos, ajudado por ações de fabricantes de chips, enquanto o Hang Seng registrou alta marginal de 0,04% em Hong Kong, a 19.978,25 pontos, em uma recuperação de fim de pregão, o sul-coreano Kospi também apresentou ganho de 0,04% em Seul, a 2.480,24 pontos, e o Taiex avançou 1,28% em Taiwan, a 15.673,90 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, após ata da última reunião de política monetária do RBA, como é conhecido o banco central do país, mostrar que a maioria de seus dirigentes tende a apoiar mais aumentos de juros. O S&P/ASX 200 caiu 0,45% em Sydney, a 7.234,70 pontos.