Bolsas da Ásia fecham em baixa, com ações de incorporadoras chinesas sob pressão
Investidores também seguem em compasso de espera por decisões de política monetária nesta semana, sobretudo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)
Os mercados acionários da Ásia tiveram pregão negativo nesta segunda-feira (12).
Havia expectativa por decisões de política monetária nesta semana, sobretudo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deve elevar mais os juros para conter a inflação, e, na China, papéis do setor imobiliário voltaram a ficar sob pressão.
Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 0,21%, em 27.842,33 pontos. Os investidores japoneses estavam atentos à decisão do Fed, já que a alta nos juros tende a ser negativa para as ações. Lasertec caiu 4,5% e Mitsubishi Corp., 1,8%.
Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,87%, em 3.179,04 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,67%, a 2.157,07 pontos.
O aperto monetário global também esteve em foco, e ações de incorporadoras e setores relacionados, como de móveis para casa, pesaram no mercado.
China Vanke registrou queda de 5,0% e Poly Developments, de 4,3%, revertendo os ganhos da sexta-feira.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,20%, a 19.463,63 pontos, após ter atingido anteriormente máximas em três meses.
Ações de incorporadoras chinesas e do setor de tecnologia pesaram no dia, com Country Garden Services em baixa de 17%, após a executiva chefe da empresa diminuir a participação acionária da empresa. Longfor Group perdeu 11%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em queda de 0,67% em Seul, em 2.373,02 pontos. Havia cautela com a decisão do Fed nesta semana.
Entre ações em foco, entre as incorporadoras GS Engineering & Construction e Hyundai Engineering & Construction caíram 3,4% e 4,7%, respectivamente. Em Taiwan, o índice Taiex recuou 0,63%, a 14.612,59 pontos.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,45%, em 7.180,80 pontos, na Bolsa de Sydney. O mercado australiano mostrou quadro negativo ante o possível impacto de medidas do governo local para conter altas nos preços de energia, com as concessionárias sob mais pressão.
AGL Energy caiu 2,6% e Origin Energy teve baixa de 7,8%.