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    BC fará consulta pública para regulamentação de criptoativos

    Segundo Banco Central, ideia é abrir editais ainda neste ano para receber sugestões e manifestações de especialistas e da população

    Da CNN*

    O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (18) que prepara os editais para consultas públicas sobre a regulamentação de criptoativos.

    Conforme a autoridade monetária, a ideia é abrir os processos ainda neste ano para receber sugestões e manifestações de especialistas e da população.

    Com o Marco Legal das Criptomoedas, que entrou em vigor no dia 20 de junho, o BC foi instituído como autoridade responsável por regular as atividades das prestadoras de serviços de ativos virtuais no Brasil.

    Segundo especialistas consultados pela CNN, a legislação traz maior transparência para o setor de criptomoedas, de modo a dificultar ocultação de patrimonio, lavagem de dinheiro e evasão de dívidas.

    Além disso, com o Banco Central como regulador e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cuidando da parte dos valores mobiliários criptográficos, há maior segurança jurídica e reconhecimento legal para o setor, que estava sem regulamentação até então.

    O BC garantiu que as empresas que já atuam no mercado terão ao menos seis meses para se adequarem à legislação e à regulamentação.

    Ainda segundo o órgão, serão tomadas medidas específicas para limitar os riscos que acompanham sistemas sem governança centralizada.

    O BC também busca evitar exposições de investidores a esses ativos sem os níveis apropriados de disclosure (fornecimento de informações).

    A instituição deve tentar abordar a segregação patrimonial de ativos virtuais na regulamentação do mercado, mesmo sem a previsão sobre o tema no marco legal de criptomoedas.

    “Os ativos virtuais utilizam tecnologia que representa importante oportunidade de inovação no sistema financeiro”, afirmou, em nota, o diretor de Regulação do BC, Otávio Damaso.

    “A descentralização, a redução de custos de negociação, os ganhos de transparência e a integração entre diferentes tipos de produtos e serviços têm potencial revolucionário para aumentar a eficiência e a inclusão financeira”.

    “No entanto, muitas dessas inovações também trazem novos ou ampliados riscos, exigindo cuidados adicionais por parte dos reguladores”, completa.

    O BC estuda as recomendações internacionais sobre o tema e o desenvolvimento do mercado de ativos virtuais no Brasil e no exterior.

    Segundo a instituição, entre os princípios a serem observados na regulamentação estão a livre iniciativa, a livre concorrência e a proteção e defesa de consumidores e usuários.

    *Com informações do Estadão Conteúdo

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