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    Banco Central deve sinalizar na próxima semana corte dos juros a partir de agosto, diz Inter

    Rafaela Vitória, economista-chefe da instituição, prevê desaceleração da Selic para 12% neste ano e para 9,5% em 2024

    Da CNN

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve manter os juros em 13,75% ao ano no encontro agendado para a próxima semana, mas também mudar o tom do comunicado, sinalizando o início da queda da Selic a partir de agosto.

    Esta é a visão da economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, conforme relatório publicado nesta sexta-feira (16).

    “Apesar da recente queda da inflação, de modo mais acelerado que o esperado, o Copom deve seguir sua comunicação anterior e manter a Selic inalterada”, escreveu a especialista.

    “No entanto, a análise de cenário e o balanço de riscos para a inflação teve mudanças importantes, e esperamos que o Copom sinalize que o processo de afrouxamento da política monetária pode se iniciar a partir de agosto”, escreveu a especialista.

    Segundo Vitória, as mudanças no cenário econômico abrem brecha para a mudança da política monetária. Entre os principais pontos, a economista destaca a queda recente da inflação, acompanhada do arrefecimento das medidas de núcleo e serviços, que são mais sensíveis à política monetária.

    “O cenário mais benigno também se reflete na queda das expectativas, tanto pelo Focus como pela precificação implícita na curva futuros. Apesar do PIB mais alto, os indicadores de demanda continuam perdendo força, inclusive no mercado de trabalho”, ressalta.

    A expectativa do Inter é que novos cortes ocorram após a reunião de agosto, reduzindo a Selic para o patamar de 12%. Para o fim do ano que vem, a projeção para a taxa básica de juros da economia é de 9,5%.

    “Reduções mais agressivas podem ocorrer caso a queda da inflação seja ainda maior e a convergência para o centro da meta aconteça mais rapidamente. Esse cenário, no entanto, depende do cumprimento das regras fiscais aprovadas, com a desaceleração do crescimento dos gastos público e redução do déficit primário”, disse a especialista.

    *Publicado por Gabriel Bosa

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