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    Ata do Fed pode mostrar debate sobre riscos das altas agressivas de juros

    BC dos EUA mudou este mês para abordagem mais sutil, vista como meio-termo entre autoridades preocupadas com inflação

    Por Howard Schneider, da Reuters

    Depois de uma corrida este ano para aumentar a taxa de juros, o Federal Reserve mudou este mês para uma abordagem mais sutil, vista como um meio-termo entre as autoridades mais preocupadas com a inflação e aquelas temerosas de que mais aumentos fortes dos juros possam abalar a economia ou estressar os mercados.

    A ata da reunião de 1 a 2 de novembro, que será divulgada nesta quarta-feira (23), pode mostrar o tamanho de qualquer desentendimento que tenha começado a surgir no banco central, conforme o Fed encerra o esforço para aumentar os juros e começa a avaliar passos menores para uma eventual parada.

    O comunicado de política monetária do Fed divulgado em 2 de novembro tentou preencher quaisquer lacunas, prometendo “aumentos contínuos” até que os juros estejam “suficientemente restritivos” para controlar a inflação, ao mesmo tempo em que disse que o tamanho dos próximos aumentos levará em conta o “aperto acumulado” até agora, bem como o fato de que o impacto desses aumentos pode levar um tempo para ser sentido.

    O que não está claro: até que ponto as autoridades do Fed acham que precisam aumentar os juros, e com que intensidade o senso de risco está mudando para preocupações sobre “exceder” e causar mais danos à economia do que o necessário para controlar a inflação.

    A ata “pode mostrar algumas diferenças cada vez maiores entre as autoridades que querem adotar uma abordagem de esperar para ver e aquelas… que continuam a apresentar uma visão mais definitiva de que as condições financeiras precisarão ser mais apertadas”, escreveram analistas do Citi no domingo.

    Neste ponto, o chair do Fed, Jerome Powell e até as autoridades mais tradicionalmente “dovish” permanecem alinhados com novos aumentos, e Powell disse que os riscos são de fazer muito pouco para corrigir o pior surto de inflação desde a década de 1980.

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