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    Aperto monetário tem impactado crédito, diz secretário de Política Econômica

    Declarações foram feitas em entrevista para comentar a revisão da projeção oficial para o desempenho da atividade econômica, na qual a secretaria passou a prever um crescimento de 1,61% em 2023

    da Reuters

    O cenário de aperto monetário nos Estados Unidos e no Brasil tem impacto sobre o mercado de crédito no Brasil, disse nesta sexta-feira (17) o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, ao afirmar que a taxa real de juros no Brasil é a maior do mundo.

    As declarações foram feitas em entrevista para comentar a revisão da projeção oficial para o desempenho da atividade econômica, na qual a secretaria passou a prever um crescimento de 1,61% em 2023, contra previsão de 2,10% feita em novembro pela gestão anterior da pasta, no governo passado.

    Já as expectativas de crescimento do PIB por parte da secretaria diferem das projeções do mercado financeiro e do Banco Central. Segundo o último boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13), o mercado espera um PIB de 0,89% em 2023, enquanto o BC prevê um PIB de 1% neste ano, segundo o relatório de inflação divulgado em dezembro de 2022.

    Segundo o boletim da secretaria, “a redução de 0,49 p.p. no PIB em 2023 levou em consideração os indicadores econômicos divulgados desde a última grade, que seguiram mostrando arrefecimento na margem, e os efeitos defasados mais intensos da política monetária sobre a atividade e mercado de crédito do que o anteriormente projetado. As perspectivas de liquidez reduzida nos EUA e em outras economias também colaboraram para a revisão da projeção anterior”.

    Para 2024, a estimativa de crescimento econômico é em 2,34%. No boletim anterior, a expectativa era que a economia brasileira crescesse 2,7% no próximo ano.

    Já as projeções de inflação foram ajustadas para cima, e segundo a Secretaria de Política Econômica, o IPCA acumulado em 2023 deve ser de 5,31%. Na última projeção, a expectativa de inflação para este ano era de 4,60%.

    De acordo com a Secretaria de Política Econômica, a revisão na inflação foi motivada pelo aumento na projeção dos chamados preços administrados, como combustível e energia.

    Entretanto, a Secretaria ainda espera que haja um contrabalanceamento, pela desaceleração esperada na inflação de alimentação no domicílio e de bens industriais.

    Em 2024, a projeção de inflação também foi ajustada para cima, chegando a 3,52%, frente aos 3% previstos pelo boletim publicado em novembro de 2022. Ainda segundo a secretaria, “a partir de 2025, espera-se convergência do IPCA para a meta de 3,00%.”.

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