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    Ações do Credit Suisse saltam 20% após ajuda do BC suíço

    Apesar de resultado positivo, alguns analistas dizem que alívio do mercado pode durar pouco

    Por John Revill e Amanda Cooper, da Reuters

    As ações do Credit Suisse saltavam mais de 20% nesta quinta-feira (16), depois que a empresa garantiu uma tábua de salvação do banco central suíço para reforçar a confiança dos investidores, embora alguns analistas tenham dito que o alívio do mercado pode durar pouco.

    O anúncio do banco suíço de que usará um empréstimo de US$ 54 bilhões do Banco Nacional Suíço (BNS) ajudou a conter as fortes vendas nos mercados financeiros da Ásia na quinta-feira e provocou uma recuperação modesta nas ações europeias.

    Enquanto muitos comemoraram a notícia, outros foram cautelosos. Analistas do JPMorgan disseram que o empréstimo do SNB não será suficiente para acalmar as preocupações dos investidores e que o “status quo não era mais uma opção”, deixando a aquisição do Credit Suisse como o resultado mais provável.

    O banco tem visto um fluxo constante de retiradas de clientes ricos, que Luis Arenzana, fundador da Shelter Island Capital Management, disse à Reuters que não foi “necessariamente uma reação de pânico aos eventos recentes apenas nos Estados Unidos”.

    “O CS não ganha seu custo de capital desde 2013. O banco perdeu um total de 2,5 francos por ação desde então. Isso não é o resultado de apenas uma ou duas grandes perdas, já que o banco relatou perdas de cinco vezes nesses nove anos”, disse Arenzana.

    As ações do Credit Suisse subiram até 32% nos primeiros minutos de negociação com a notícia da linha de resgate, e subiram 24% com o volume maior, revertendo algumas das perdas que retiraram um quarto de seu valor de mercado na vésperao dia anterior.

    As ações trocavam a uma taxa de 33,27 milhões por hora, a mais rápida já registrada, segundo dados da Refinitiv.

    As ações do banco caíram 24% na quarta-feira, depois que seu maior financiador disse que não poderia oferecer mais assistência financeira por razões regulatórias.

    Em seu comunicado na quinta-feira, o Credit Suisse disse que exercerá uma opção de empréstimo do banco central de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões).

    O anúncio ocorreu após garantias das autoridades suíças, na quarta-feira, de que o Credit Suisse atendeu “aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes” e que poderá acessar a liquidez do banco central, se necessário.

    “Após a extrema volatilidade dos preços das ações de ontem, as autoridades suíças ofereceram seu apoio. Este é um sinal forte e importante. Esperamos que as medidas acalmem os mercados e quebrem a espiral negativa”, disse Andreas Venditti, estrategista de ações do Bank Vontobel.

    “No entanto, levará tempo para recuperar totalmente a confiança na instituição”.

    O franco suíço subiu 0,5% em relação ao dólar na quinta-feira, tendo caído 2,2% na quarta-feira, marcando sua maior queda em um dia desde que o banco central afrouxou sua paridade cambial no início de 2015.

    O valor dos títulos do Credit Suisse aumentou acentuadamente. Os títulos adicionais denominados em dólar de nível 1 do banco subiram cerca de US$ 0,84, tendo caído abaixo de US$ 0,50 no dia anterior.

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