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    Fica “perto do impossível” eliminar todas as funções do BC na Argentina, diz Campos Neto

    Campos Neto também afirmou que a falta de credibilidade da Argentina foi um processo longo, que começou com a perda de independência da autoridade monetária no país

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a comentar sobre a proposta do presidente eleito na Argentina, Javier Milei, de acabar com a autoridade monetária do país. Segundo Campos Neto, o BC tem funções específicas, como de estabilização financeira, regulação e supervisão. Para ele, é “bem perto do impossível” eliminar essas funções.

    “A gente precisa entender melhor o que significa isso. Uma dolarização tem efeito positivo, mas o BC tem função de estabilidade financeira. Função de conduta, supervisão e regulação, controle de fluxos internacionais. Lembrando que a Europa tem uma moeda única, mas tem bancos centrais. Existe uma função de regulação e supervisão. Não vejo como eliminar todas essas funções, acho bem perto do impossível”, disse em café da manhã organizado pela Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, nesta quarta-feira (21).

    Campos Neto também afirmou que a falta de credibilidade da Argentina foi um processo longo, que começou com a perda de independência do BC. Ele explicou que, ao contrário do Brasil, na Argentina a autoridade monetária pode financiar o governo, o que é perigoso e gera perda de credibilidade monetária e na parte fiscal.

    O presidente da autoridade monetária brasileira ainda disse que a proposta de Milei e os acontecimentos antecessores são uma “lição para o Brasil”.

    “É uma lição para o Brasil de que é importante ter um BC autônomo, técnico, robusto, com bons funcionários, e é importante cumprir, ter uma credibilidade num cronograma de metas fiscais para indicar uma trajetória de dívida sustentável”, frisou.

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