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    FGV: Indicador Antecedente de Emprego fecha ano com nível inferior ao de 2020

    Após segundo mês consecutivo de queda, índice fecha ano com tendência negativa

    Homem mostra carteira de trabalho ao buscar oportunidades de emprego no centro de São Paulo
    Homem mostra carteira de trabalho ao buscar oportunidades de emprego no centro de São Paulo REUTERS/Amanda Perobelli

    Stéfano Sallesda CNN Rio de Janeiro

    Divulgado nesta quinta-feira (6) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador Antecedente do Emprego (IAEmp) caiu 1,2 ponto em dezembro e fechou o ano em 81,8 pontos, em uma escala que vai de zero a 200 e tem em 100 o seu ponto de neutralidade. Esse foi o segundo mês consecutivo de queda.

    O indicador pretende antecipar os rumos do mercado de trabalho brasileiro. O nível em que fecha o ano é inferior aos 85,7 pontos registrados dezembro de 2020, o mesmo período do ano anterior.

    Com a variação atual, a média móvel trimestral do indicador recuou 1,7 ponto e caiu para 84 pontos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), órgão da FGV que produz o indicador, a queda é reflexo da variação negativa de cinco dos sete componente do IAEmp.

    As quedas mais intensas ocorreram nos quesitos da Sondagem da Indústria. A situação atual dos negócios da indústria recuou sete pontos, enquanto o de tendências dos negócios e serviços caiu três pontos.

    De acordo com o pesquisador Rodolpho Tobler, economista do FGV Ibre, o indicador está no menor nível desde abril, e encerra o ano de 2021 com tendência negativa.

    “A desaceleração da economia no final de 2021, observada nos principais setores, parece ser o principal fator para esse resultado. Para os primeiros meses de 2022, é difícil vislumbrar um cenário muito favorável para o mercado de trabalho, considerando o frágil ambiente macroeconômico que deve persistir no curto prazo”, afirma o pesquisador

    Os dois resultados positivos da consulta foram o indicador de emprego previsto, da sondagem da indústria, que proporcionou 0,3 na margem, e o de situação atual dos negócios, que contribuiu com 0,4 ponto. No entanto, não conseguiram impedir que o índice fechasse o ano com uma nova baixa.