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    FGV: Consumidores esperam inflação de 4,8% daqui a 12 meses

    Expectativa recuou em 0,3 p.p. em relação ao mês anterior, abril

    Corredor com prateleiras abastecidas em supermercado
    Corredor com prateleiras abastecidas em supermercado Foto: Nathália Rosa/Unplash

    Divulgado nesta sexta-feira (22), o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontou que a mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses recuou 0,3 ponto porcentual em maio, para 4,8% — ante um resultado de 5,1% obtido em abril. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,6 ponto porcentual no indicador.

    “Após o susto com a aceleração dos preços dos alimentos no final de março e abril, a expectativa de inflação dos consumidores volta ao menor nível da série histórica. Esse resultado é reflexo tanto de um cenário atípico de deflação de alguns dos principais itens, quanto da expectativa do mercado de valores cada vez menores para a inflação oficial (IPCA).

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    No entanto, como nesses tempos de crise as famílias têm concentrado seus gastos em itens de maior necessidade, por exemplo os alimentos, cuja inflação tem permanecido significativamente acima do IPCA fazendo com que as perspectivas para os próximos meses sejam de uma inflação muito acima da projetada pelo mercado”, avaliou Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

    Na distribuição por faixas de inflação, 10,8% dos consumidores projetaram em maio valores abaixo do piso de 2,5% da meta de inflação de 4,0% perseguida pelo Banco Central em 2020. Em abril essa fatia de consumidores prevendo inflação tão baixa era de 7 1%.

    Já a proporção de consumidores projetando inflação acima do limite superior de 5,5% da meta de inflação para 2020 diminuiu de 35,9% em abril para 32,1% em maio. Na análise por faixas de renda, todas as famílias diminuíram suas expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes.

    As famílias com renda até R$ 2,1 mil mensais passaram de uma previsão de inflação de 6,2% em abril para 5,8% em maio. As famílias mais ricas, com renda acima de R$ 9,6 mil mensais, reviram suas expectativas de uma inflação de 4,1% em abril para 4,0% em maio, voltando ao piso histórico.

    O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.