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    Fed propõe redução de quase 30% em taxa paga a bancos por operações com cartão de débito

    Banco Central dos EUA discute corte de taxas pagas por lojistas aos bancos e abre sugestões à proposta durante 90 dias

    Atualmente, lojistas pagam por transação US$ 0,21 mais 0,05% do montante recebido, nível estabelecido pelo Fed em 2011
    Atualmente, lojistas pagam por transação US$ 0,21 mais 0,05% do montante recebido, nível estabelecido pelo Fed em 2011 28/03/2008REUTERS/Jason Reed

    Gabriel Bueno da Costa*, do Estadão Conteúdo

    O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) apresentou nesta quarta-feira (25) uma proposta para cortar taxas que lojistas pagam a bancos quando os clientes utilizam cartão de débito. A redução seria de cerca de 30%, o que pode levar a uma disputa com bancos contrários à mudança.

    O tema foi discutido durante reunião no conselho do Fed e será aberta a temporada para sugestões das partes interessadas, durante 90 dias.

    O plano foi detalhado nesta quarta-feira (25), em reunião aberta do conselho do BC dos EUA sobre o tema, com a presença dos diretores e do presidente do Fed, Jerome Powell, entre outras funcionários.

     

     

    Atualmente, lojistas pagam por transação US$ 0,21 mais 0,05% do montante recebido, nível estabelecido pelo Fed em 2011.

    O BC norte-americano pode reduzir esse montante, caso considere que os custos de processar pagamentos em cartão de débito diminuíram, mas nunca fez isso. A ideia do BC agora é de que a taxa recue para 14,4 centavos de dólar, mais 0,04% do montante da transação.

    A proposta ainda sinaliza para uma revisão anual sobre o tema, o que poderia levar a novos cortes. O Fed também informou que realizaria uma pequena alta na taxa para prevenção de fraudes.

    Na reunião, a diretora Michelle Bowman comentou que, na avaliação dela, o sistema bancário americano é sólido, mas acrescentou que medidas regulatórias recentes podem impor pressão sobre agentes do setor.

    Ela disse que a proposta do Fed não altera o risco para os emissores menores e a margem de manobra mais ampla para os maiores nesse segmento, e questionou também o prazo de 60 dias para a mudança na regra, entre pontos. Foi de Bowman o único voto contra avançar com o tema para agora passá-lo a consultas das partes interessadas, mas o voto dos demais diretores presentes e de Powell aprovou o relatório.

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    *Com informações da Dow Jones Newswires