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    Fed pode “observar e ver” se mais altas de juros serão necessárias, diz diretor

    Mercados financeiros estão retraídos e reduzem as expectativas de aumento de taxa de juros pelo banco central dos EUA

    Por Howard Schneider, da Reuters

    O diretor do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Christopher Waller, disse nesta quarta-feira (11) que juros mais altos do mercado podem ajudar o Fed a desacelerar a inflação e permitir que o banco central norte-americano “observe e veja” se sua própria taxa de juros precisa aumentar novamente ou não.

    Waller, que está entre os maiores defensores de juros mais altos para combater a inflação, disse que os dados de preços parecem estar voltando para a meta de 2% do Fed, com os mercados financeiros acrescentando mais restrições ao crédito.

    “Estamos nessa posição em que meio que observamos e vemos o que acontece com a taxa básica”, disse Waller, que foi entrevistado por Paul Ryan, ex-presidente republicano da Câmara dos Deputados dos EUA, em um evento de alto nível do Partido Republicano em Utah.

    “Os mercados financeiros estão se retraindo e farão parte do trabalho para nós… Estamos apenas observando isso de perto. Veremos como esses juros mais altos influenciarão o que faremos em termos de política monetária nos próximos meses.”

    Os mercados têm reduzido as expectativas de mais aumentos das taxas de juro pelo Fed, com a probabilidade de uma alteração na próxima reunião de 31 de outubro e 1º de novembro caindo para cerca de 10%, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME.

    Os mercados de títulos podem estar aumentando as taxas da dívida dos EUA por uma série de motivos, disse Waller, incluindo um crescimento econômico dos EUA mais forte do que o previsto ou preocupações com o aumento dos déficits federais.

    “Pode ser que a economia esteja melhor. Sinalizamos que manteríamos os juros mais altos por mais tempo, o que aumentará os rendimentos de prazo mais longo… Mas é evidente que a emissão (de Treasuries) deve ter um impacto”, afirmou Waller, referindo-se aos níveis atuais de déficit como provavelmente insustentáveis.

    Nos últimos três meses, disse ele, uma medida do núcleo da inflação ficou, em média, em torno de 2%. “Estamos finalmente obtendo dados de inflação muito bons”, disse ele. “Se isso continuar, estaremos praticamente de volta à nossa meta.”

    Veja Também: Inflação sobe 0,26% em setembro, aponta IBGE; resultado vem abaixo das expectativas

    *Publicado por Marien Ramos

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