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    Fed: Empresas dos EUA estão mais pessimistas sobre perspectiva econômica

    "As perspectivas ficaram mais pessimistas em meio a preocupações crescentes com o enfraquecimento da demanda", afirmou a autoridade monetária

    da Reuters

    A atividade econômica dos Estados Unidos expandiu modestamente nas últimas semanas, embora a atividade tenha ficado estável em algumas regiões do país e caído em outras, disse o Federal Reserve nesta quarta-feira (19), em relatório que mostrou as empresas ficando mais pessimistas em relação às perspectivas.

    “A atividade econômica nacional expandiu modestamente em termos líquidos desde o relatório anterior; no entanto, as condições variaram entre setores e distritos”, disse o banco central dos EUA em sua mais recente coleção de pesquisas conhecida como “Livro Bege”, realizada em seus 12 distritos até 7 de outubro.

    “As perspectivas ficaram mais pessimistas em meio a preocupações crescentes com o enfraquecimento da demanda”, afirmou a autoridade monetária.

    As empresas notaram que as pressões sobre os preços permaneceram elevadas, embora tenha havido algum alívio em vários distritos, e muitas disseram que as condições do mercado de trabalho estavam esfriando um pouco.

    A divulgação do mais recente conjunto de avaliações dos contatos empresariais, comunitários e trabalhistas do banco central norte-americano ocorre no período que antecede a reunião de política monetária de 1 e 2 de novembro.

    Com os dados mais recentes mostrando que a inflação continua rodando a mais de três vezes a meta de 2% do Fed, apesar da rodada mais agressiva de aperto monetário em 40 anos, o Livro Bege pode contribuir pouco para moderar as expectativas de um quarto aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual pelo banco central em sua próxima reunião.

    As autoridades têm sinalizado que continuarão aumentando os juros até verem a inflação esfriar, mesmo reconhecendo que os custos de empréstimo mais altos provavelmente se traduzirão em crescimento menor, um mercado de trabalho mais brando e aumento do desemprego.

    O crescimento do emprego nos EUA tem sido forte e a taxa de desemprego caiu em setembro para 3,5%. Embora o núcleo da inflação de bens tenha arrefecido à medida que as cadeias de suprimentos se recuperam, o de serviços, preços cujas altas tendem a ser mais persistentes, continuam a subir rapidamente.

    Mas, à medida que os formuladores de política monetária do Fed elevam sua taxa básica de juros — agora em intervalo de 3% a 3,25% — para perto da faixa de 4,5% a 5% que a maioria das autoridades acredita ser necessária para reduzir a inflação, eles e analistas externos estão procurando evidências de que o aperto está começando a fazer seu trabalho.

    Esses sinais podem levar a um ritmo mais lento de aumentos de juros, que o chair do Fed, Jerome Powell, disse que acontecerá “em algum momento”.

    Mas, até agora, tem sido difícil ver esses indícios em muitos dos dados econômicos que não os do mercado imobiliário, onde uma forte desaceleração está em andamento.