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    Fed deve anunciar redução de estímulos bilionários nos EUA nesta quarta-feira

    São US$ 120 bilhões injetados mensalmente em compras de ativos financeiros desde o início da pandemia; redução pode piorar bolsas e moedas emergentes

    Juilana Eliasdo CNN Brasil Business , em São Paulo

    Investidores e economistas do mundo inteiro aguardam nesta quarta-feira (3) o término da reunião de dois dias do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, em que o órgão deve manter os juros do país próximo de zero.

    É amplamente aguardado, porém, que seja anunciado o início da redução de seu bilionário pacote de estímulos que tem vigorado desde o início da pandemia, no ano passado, conforme já foi indicado pelos próprios diretores do Fed.

    São US$ 120 bilhões injetados todos os meses em compras de ativos do mercado financeiro, medida repetida da crise de 2008, para que os mercados não parem de girar.

    Os estímulos devem ser retirados gradativamente, ao longo dos próximos meses, e a expectativa é que, uma vez que estejam zerados, os juros possam voltar a subir em meados do ano que vem.

    Eles foram reduzidos para uma banda de 0% a 0,25% em março de 2020, nos cortes mais agressivos já feitos nos juros dos títulos norte-americanos desde a crise financeira da década passada.

    Entre os grandes responsáveis pelo aquecimento rápido e vigoroso que bolsas de valores do mundo inteiro viram depois do choque do coronavírus, no ano passado, a retirada dos estímulos nos Estados Unidos deve, agora, de maneira oposta, passar a reduzir a abundância de dinheiro global e esfriar o apetite por risco.

    E são as bolsas, moedas e economias emergentes, como o Brasil, que mais tendem a sofrer com isso.

    As consequências seriam coisas como ondas de baixa no Ibovespa, dólar em alta e a pressão para que o nosso Banco Central suba mais os juros locais – o que já começou a acontecer no mercado doméstico, numa mistura de fatores internacionais, como este, e internos.

    Por trás do movimento do Fed de começar já a recuar com seu combo de estímulos extraordinários, está principalmente a pressão da inflação, que atualmente está rodando perto dos 5% nos Estados Unidos, para uma meta que deveria ser de 2%.

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