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    Exportações de petróleo russo têm queda de 15% em junho, após menor fluxo à Ásia

    Dois dos grandes responsáveis pela queda são Coreia do Sul e Japão, cujas importações de petróleo russo caíram nas últimas semanas

    António Guimarãesda CNN , em Portugal

    As exportações marítimas de petróleo da Rússia para os países asiáticos estão em queda, em um movimento que os analistas veem como um sinal de que o país começa a ter uma diminuição nas reservas de energia.

    Segundo a Bloomberg, o fluxo de exportações de combustível por via marítima caiu 15% nas quatro semanas de junho. Isso pode significar um possível rombo nos cofres russos, que passaram a depender de países como China e Índia para continuarem a escoar o petróleo, uma vez que o Ocidente aplicou fortes sanções à importação do produto. China e Índia representam cerca de 50% do petróleo russo exportado pelo mar.

    Se os preços do petróleo russo costumavam ser baixos, sobretudo por causa de sanções e boicotes, a guerra mudou a situação, uma vez que a procura pelo combustível fez o preço disparar, o que, de forma indireta, acabou beneficiando o invasor da Ucrânia.

    Um benefício que deve representar um aumento das receitas russas em 285 mil milhões de dólares (cerca de 277 mil milhões de euros) em 2022, mais 20% que no ano anterior, algo que pode não se repetir daqui para a frente.

    Os envios de petróleo da Rússia nas quatro semanas de junho atingiram os 3,5 milhões de barris por dia, um decréscimo em relação aos 3,75 milhões de barris enviados por dia nas quatro semanas de abril.

    Dois dos grandes responsáveis pela queda são a Coreia do Sul e Japão, cujas importações de petróleo russo caíram nas últimas semanas. Ao todo, a região asiática é responsável por 52% dos carregamentos marítimos enviados pela Rússia, uma percentagem que era de mais de 63% em abril.

    Um duro revés para um país que perdeu grande parte do mercado europeu, principalmente depois do mais recente pacote de sanções da União Europeia, que pela primeira vez teve os combustíveis fósseis importados da Rússia como alvo (excluindo o gás natural).

    Bruxelas vai cortar a importação de petróleo em 90% até ao fim do ano, ao passo que os Estados Unidos admitem que a percentagem de importação pode descer em 18% até ao início de 2023.

    A maioria destes carregamentos ainda continua a ser feita a partir das plataformas russas no Ártico e no Báltico, sendo que alguns dos petroleiros que dali têm saído foram captados ao largo dos arquipélagos portugueses de Açores e Madeira.

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