Exportação de carne bovina brasileira se mantém estável em 2023, mas preços recuam, diz Abrafrigo
Faturamento foi de US$ 8,76 bilhões, diminuição de 23% no acumulado do ano até outubro
A exportação de carne bovina do Brasil registra um crescimento inferior a 1% no acumulado de janeiro a outubro, para cerca de 2 milhões de toneladas, enquanto o faturamento com as vendas despencou diante de menores preços, informou nesta segunda-feira a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em dados do governo.
“A queda dos preços do produto no mercado internacional, que vem se acentuando desde o início do ano, continua afetando o desempenho das exportações totais da carne bovina brasileira (in natura + processadas)”, disse em nota a Abrafrigo, indicando menores volumes vendidos para a China, maior importador.
A receita dos embarques do Brasil, maior exportador global de carne bovina, recuou 20% em outubro ante o mesmo período do ano passado, para US$ 982,6 milhões. A movimentação, por outro lado, aumentou 2,94% no mês, para 240.946 toneladas.
O faturamento com as exportações no acumulado do ano até outubro recuaram 23%, para US$ 8,76 bilhões.
Em outubro de 2023, o preço médio da carne brasileira foi de US$ 4.078 por tonelada, versus US$ 5.228/tonelada no mesmo período do ano passado.
A China continua sendo o principal importador da carne bovina brasileira no acumulado do ano, respondendo por 49% das vendas do Brasil.
Até outubro, a China foi responsável pela receita de US$ 4,723 bilhões, o que representou uma queda de 32,3% na arrecadação de divisas.
No volume para a China também houve queda de 7%, para 980.016 toneladas em 2023.
Os Estados Unidos se mantêm como o segundo maior importador da carne bovina brasileira, subindo de uma participação de 8% no total em 2022 para 11,8% até outubro de 2023.
O Chile é o terceiro maior importador, com 82.314 toneladas em 2023 (+28,8%).