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    Êxodo de empresas pode custar 200 mil empregos em Moscou, diz prefeito da capital russa

    Dezenas de empresas ocidentais deixaram a Rússia ou suspenderam as operações no país depois que o presidente Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia

    Pedestres caminham por ruas de Moscou em meio a forte nevasca
    Pedestres caminham por ruas de Moscou em meio a forte nevasca 06/04/2022REUTERS/Maxim Shemetov

    Uliana PavlovaChris LiakosAnna Coobando CNN Business

    O êxodo de empresas ocidentais da Rússia pode custar centenas de milhares de empregos somente em Moscou.

    O prefeito da cidade, Sergey Sobyanin, disse em um post no blog na segunda-feira que 200.000 pessoas corriam o risco de perder seus empregos. As autoridades estão reservando 3,36 bilhões de rublos (US$ 41 milhões) para apoiá-los, acrescentou.

    Dezenas de empresas ocidentais deixaram a Rússia ou suspenderam as operações no país depois que o presidente Vladimir Putin ordenou a invasão da Ucrânia no final de fevereiro. Negócios foram vendidos, escritórios fechados e produção de tudo, de cerveja a carros, interrompida.

    Dezenas deles, incluindo o McDonald’s – que emprega 62.000 pessoas no país – prometeram continuar pagando seus trabalhadores, pelo menos por um período limitado de tempo.

    O grupo sueco Ingka, proprietário da varejista IKEA, tem 15.000 funcionários na Rússia. Um porta-voz da empresa disse à CNN Business no mês passado que garantiu três meses de salário a seus trabalhadores.

    No entanto, não está claro por quanto tempo as empresas podem manter o suporte. Sobyanin disse que o governo russo está intervindo para ajudar os trabalhadores deixados para trás.

    “O programa [de apoio] é dirigido a funcionários de empresas estrangeiras que suspenderam temporariamente suas atividades ou decidiram deixar a Rússia”, disse ele.

    Segundo Sobyanin, o plano de assistência inclui formação, emprego em obras temporárias e obras públicas e incentivos para que organizações e empresas contratem trabalhadores cujas empresas tenham saído.

    As sanções ocidentais prejudicaram a economia da Rússia e levaram o país à beira de seu primeiro calote da dívida externa em mais de um século. A inflação disparou e os economistas estão prevendo uma recessão profunda.

    Sem acesso a cerca de metade de suas reservas em moeda estrangeira – agora congeladas sob sanções – a Rússia tentou pagar em rublos, não os dólares estipulados em contratos, em dois títulos com vencimento no início de abril, disse a agência de classificação de crédito Moody’s na sexta-feira.

    A Rússia tem até 4 de maio para cumprir suas obrigações ou pode ser considerada inadimplente, disse a agência. A S&P já criticou a Rússia por um “default seletivo” nesses títulos.

    A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, espetou na semana passada governos e empresas que mantiveram seus laços com a Rússia.

    “Deixe-me agora dizer algumas palavras para aqueles países que estão atualmente em cima do muro, talvez vendo uma oportunidade de ganhar preservando seu relacionamento com a Rússia e preenchendo o vazio deixado por outros. Tais motivações são míopes”, disse ela em um discurso no Conselho do Atlântico.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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