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    Existe procura, mas falta produto em setor automotivo, diz presidente da Anfavea

    Os juros altos do financiamento, a incerteza financeira e a falta de modelos no mercado são outras barreiras citadas pelo presidente

    Foto: José Cruz - 9.jun.2015/Agência Brasil

    Por Eduardo Laguna, do Estadão Conteúdo

     A indústria de veículos vive uma dificuldade de restrição de oferta e não de demanda, avaliou nesta quarta-feira (14) Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, a associação que representa as montadoras instaladas no país.

    “Existe bastante interesse ainda na compra do carro novo”, disse Moraes. “A oferta ajustando, vamos ter esse cliente atendido. A demanda está aí”, acrescentou o executivo.

    O comentário foi feito durante apresentação de pesquisa feita com usuários da Webmotors que aponta o preço dos automóveis, considerado muito alto por 58% dos participantes, como o maior impeditivo à troca de carro.

    Os juros altos do financiamento, a incerteza financeira (risco de desemprego) e a falta de modelos no mercado são outras barreiras citadas, em menor frequência, entre os interessados em trocar de veículo.

    Para Moraes, o levantamento indica que o medo associado aos impactos da pandemia no emprego e na renda – destaque da pesquisa anterior, feita há um ano, entre os motivos que levavam as pessoas a adiar a compra – não está mais no radar dos consumidores.

    As restrições de oferta, no entanto, seguirão comprometendo as vendas, já que, conforme reafirmou hoje Moraes, a crise no abastecimento de componentes eletrônicos, responsável por parar montadoras, dificilmente terá uma normalização antes de um ano.

    “Para o segundo semestre, podemos ter alguma interrupção de produção por dias ou semanas a depender da situação de cada montadora”, disse o presidente da Anfavea.