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    EUA: valor de alimentos tem maior alta anual desde 1979; veja o que mais subiu

    Enquanto índice geral de preços desacelera na economia americana, custos dos alimentos aumentaram 11,4% em relação há um ano

    Supermercado em Nova York: preços dos ovos subiram 39,8%, enquanto a farinha ficou 23,3% mais cara
    Supermercado em Nova York: preços dos ovos subiram 39,8%, enquanto a farinha ficou 23,3% mais cara Liao Pan/China News Service via Getty Images

    Danielle Wiener-Bronnerdo CNN Business

    A inflação nos Estados Unidos pode estar desacelerando, mas os preços dos alimentos ainda estão subindo.

    Os custos dos alimentos aumentaram 11,4% em relação há um ano, o maior aumento anual desde maio de 1979, segundo dados divulgados na terça-feira pelo governo norte-americano.

    Os americanos que percorrem o corredor dos supermercados percebem que a maioria dos alimentos está muito mais cara do que há um ano. Os preços dos ovos subiram 39,8%, enquanto a farinha ficou 23,3% mais cara. O leite subiu 17% e o preço do pão saltou 16,2%.

    Carnes e aves também ficaram mais caras. Os preços do frango subiram 16,6%, enquanto as carnes subiram 6,7% e a carne suína, 6,8%. Frutas e legumes juntos subiram 9,4%.

    No geral, os preços dos supermercados subiram 13,5% e os preços dos menus dos restaurantes aumentaram 8%.

    Por que não há alívio no supermercado

    O Federal Reserve vem aumentando as taxas de juros em um esforço para domar a inflação, mas o banco central diz que os preços dos alimentos estão em grande parte fora de seu controle.

    Isso porque os preços dos alimentos são afetados por eventos globais, como a guerra na Ucrânia, que afeta os custos do trigo e de outras commodities.

    Os preços também refletem o impacto de desastres naturais como secas que matam plantações e doenças como a gripe aviária, que restringiu a oferta de ovos e perus.

    Além disso, leva tempo para que as mudanças, como reduções nos preços dos ingredientes, cheguem aos consumidores. Isso significa que o alívio do aumento dos preços dos supermercados pode atrasar os declínios em outras áreas.

    E a demanda por alimentos não é flexível – os consumidores podem economizar em outros itens, como roupas ou gasolina, mas precisam comer. Mesmo assim, os compradores estão cada vez mais fazendo mudanças em suas dietas e hábitos de compras para lidar com os custos crescentes.

    As pessoas estão deixando de comprar certos itens. As vendas de pratos e jantares congelados caíram cerca de 11% em volume em agosto em comparação com o ano anterior, de acordo com um relatório desta semana da IRI, uma empresa de pesquisa de mercado.

    Os volumes de biscoitos e de sucos refrigerados caíram cerca de 9% e cerca de 8%, respectivamente, nesse período. As famílias de baixa renda, em particular, estão pulando itens como suco, lanches e doces.

    Recentemente, as redes Applebee’s e IHOP relataram um aumento nos clientes de renda mais alta, que podem estar negociando com restaurantes mais caros. E a Tyson (TSN) notou uma maior demanda por frango à medida que os compradores compram menos bifes caros.

    O que ficou mais caro

    Os preços ajustados sazonalmente da maioria dos itens de mercearia aumentaram de julho a agosto, mas houve alguns destaques.

    A margarina teve o maior pico, com alta de 7,3%. Os ovos ficaram 2,9% mais caros e o açúcar 2,4% mais caro, enquanto a farinha e o pão subiram 2,2%. Os preços das frutas enlatadas subiram 3,4%, enquanto os vegetais frescos ficaram 1,2% mais caros.

    Os preços do cachorro-quente subiram 4,9%, enquanto o presunto subiu 1,3% e o peru subiu 2,2%.

    Alguns preços da carne caíram, no entanto. O bacon ficou 0,5% mais barato, enquanto o preço dos assados, bifes e costelas caiu 1,9%.

    E alguns preços de frutas também moderaram, com maçãs ficando 2,3% mais baratas e frutas cítricas caindo 1,6%.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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