EUA registra 336 mil novas vagas em setembro, aponta relatório de emprego
Mercado de trabalho criou mais empregos que o esperado pelo segundo mês consecutivo
O mercado de trabalho dos EUA disparou em setembro, criando mais empregos do que o esperado pelo segundo mês consecutivo, de acordo com dados divulgados sexta-feira (6) pelo Departamento de Estatísticas Trabalhistas.
Os empregadores criaram 336.000 empregos no mês passado. Isso está acima do ganho líquido de 227 mil registrado em agosto, total que foi revisado para cima em 40 mil posições. Enquanto a taxa de desemprego ficou estável em 3,8% em agosto.
As estimativas de consenso dos economistas eram de 170 mil empregos líquidos adicionados e uma taxa de desemprego de 3,7%, segundo a Refinitiv.
Embora setembro marque o 33º mês consecutivo de crescimento do emprego nos Estados Unidos.
O Federal Reserve tem como objetivo desacelerar a economia e arrefecer o mercado de trabalho, mas a resiliência do trabalho ajudou a manter os gastos dos consumidores fortes e a economia em movimento.
Os responsáveis da Fed expressaram preocupação de que isso poderia ser demasiado positivo e exercer pressão ascendente sobre a inflação.
Crescimento dos salários
Enquanto os dados de emprego crescentes devem aquecer a economia, os salários estão arrefecendo.
O rendimento médio por hora aumentou 0,2% em setembro, elevando o ganho anual para 4,2%, de acordo com o relatório de empregos divulgado hoje.
O resultado veio abaixo das expectativas dos economistas de um aumento mensal de 0,3% e um aumento anual de 4,3%, segundo a Refinitiv.
Já o crescimento salarial de setembro é o mais baixo observado mensalmente desde fevereiro de 2022 e ano a ano desde junho de 2021, observou Andrew Patterson, economista sênior da Vanguard.
“Como a maioria dos relatórios, o Fed terá coisas para gostar e não gostar neste último”, escreveu Patterson. “Os dados de inflação terão um grande peso neste mês, antes [da próxima reunião do Fed, em 31 de outubro e 1º de novembro].”
A resiliência do mercado de trabalho ajudou a manter os gastos dos consumidores fortes e o aquecimento da economia, mas os líderes do Fed manifestaram preocupação com o fato de o aumento dos salários poder ser demasiado positivo e exercer pressão sobre a inflação.
Os indicadores de inflação monitorados de perto pelo Fed esfriaram significativamente desde que atingiram as máximas no ano passado; no entanto, têm diminuído a um ritmo mais lento nos últimos meses, em parte graças à subida dos preços da gasolina.
Ainda assim, o arrefecimento da inflação ajudou os americanos a finalmente verem um crescimento real se seus salários nos últimos meses.
