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    Bolsas dos EUA fecham em alta com dados de inflação e estímulos do Fed

    Índice de preços ao consumidor subiu 0,8% no mês passado, após alta de 0,9% em outubro, informou o Departamento do Trabalho norte-americano

    Sinal de Wall Street na bolsa de Nova York
    Sinal de Wall Street na bolsa de Nova York FILEDIMAGE

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business*

    São Paulo

    As bolsas norte-americanas fecharam em alta nesta sexta-feira (10). O Dow Jones subiu 0,60%, aos 35.970 pontos, o S&P 500 cresceu 0,96%, aos 4.712 pontos, e o Nasdaq operou em alta de 0,73%, aos 15.630 pontos.

    O mercado digeria os dados de inflação dos Estados Unidos, que podem guiar o cronograma do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) para reduzir as medidas de estímulos.

    Os preços ao consumidor nos Estados Unidos tornaram a subir em novembro, conforme o custo de bens e serviços aumentou amplamente em meio a restrições de oferta, levando ao maior ganho anual desde 1982, o que pode encorajar o banco central norte-americano a reduzir rapidamente suas compras de títulos.

    O índice de preços ao consumidor subiu 0,8% no mês passado, após alta de 0,9% em outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. Nos 12 meses até novembro, o índice aumentou 6,8%, maior avanço anual desde junho de 1982, após alta em outubro de 6,2%, na mesma base de comparação.

    Economistas consultados pela Reuters previam acréscimo de 0,7% para o índice.

    Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice subiu 0,5% no mês passado, após avançar 0,6% em outubro. O chamado núcleo da inflação saltou 4,9% na base anual, após alta de 4,6% em outubro.

    “Com os dados do CPI, o foco agora é a reunião do Fed”, diz Joe Quinlan, estrategista-chefe de mercado do escritório de CIO do Bank of America. “A pressão está cada vez maior sob o Fed para uma redução mais rápida dos estímulos”.

    O chair do Fed, Jerome Powell, já afirmou que o banco central deve discutir em dezembro se encerrará suas compras mensais de bônus de US$ 120 bilhões alguns meses antes do previsto. A reunião ocorre na semana que vem. Um aumento de juros naquele país é esperado para o terceiro trimestre do ano que vem, segundo pesquisa Reuters com economistas.

    “Os investidores estão esperando para ver se as autoridades sinalizam um fim mais rápido para o estímulo do que o esperado atualmente”, apontou o jornal.

    Emprego

    Informações sobre o mercado de trabalho norte-americano e sobre a alta nos preços vêm sendo avaliadas pelos investidores devido a sua importância na decisão do Federal Reserve de acelerar a retirada de estímulos.

    O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para o nível mais baixo em mais de 52 anos na semana passada, à medida que as condições do mercado de trabalho continuam mostrando aperto em meio a uma aguda escassez de trabalhadores.

    Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 43 mil, para 184 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 4 de dezembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. A queda para o menor patamar desde setembro de 1969 foi, no entanto, provavelmente exagerada pelas dificuldades de ajustar os dados às flutuações sazonais.

    Economistas consultados pela Reuters previam 215 mil pedidos para a última semana. As solicitações caíram ante um recorde de 6,149 milhões registrado no início de abril de 2020.

    *Com Reuters