Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Especialista vê gás encanado 50% mais caro em 2022, após renovação de contratos

    Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, diz que o aumento do preço também está relacionado com o aumento da demanda mundial

    Renovação dos contratos e pressão sobre a demanda impactam os preços do GNV no começo de 2022
    Renovação dos contratos e pressão sobre a demanda impactam os preços do GNV no começo de 2022 Reuters

    Raphael CoracciniLayane Serranoda CNN

    Em São Paulo

    O gás natural deve subir de preço nos próximos meses, contribuindo para o aumento do custo de vida dos brasileiros. Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), disse à CNN nesta sexta-feira (3) que especialmente o gás encanado deve passar por um aumento de preços.

    “Vamos ter, a partir de janeiro, gás encanado 50% mais caro em função da renovação de contrato da Petrobras com as fornecedoras”, explica Pires.

    O especialista destaca ainda que a adesão de motoristas pelo gás natural, que triplicou nos últimos meses, como forma de reduzir a dependência da gasolina e do etanol passa a ser menos interessante com o aumento do GNV.

    O aumento do preço está também relacionado à pressão sobre a demanda, que sempre sobe no inverno no hemisfério norte, quando o gás é usado para abastecer os sistemas de aquecimento nas regiões mais frias. A demanda deve baixar apenas em abril, afirma Pires.

    Aumento de 20% na energia

    A perspectiva para 2022 é que o preço da energia continue pesando mais do que outros fatores sobre o custo de vida dos brasileiros, diz Pires.

    O ano que vem continuará sendo de energia cara, ele diz, e prevê um aumento de 20% no preço da caso nenhum artifício seja usado pelo governo para conter a subida, como redução de impostos.

    “A energia vai continuar sendo a grande vilã da inflação em 2022”, avalia.

    Presente de Natal

    A Petrobras pode anunciar o que o especialista chamou de presente para os brasileiros no final do ano, uma redução no preço da gasolina depois da queda mundial no preço do petróleo.

    O mercado está muito volátil e essa volatilidade aumentou com a nova cepa, as commodities tiveram preço reduzido, o petróleo caiu quase 20%, agora abaixo dos 70 dólares”, relata.

    “Agora, no começo de dezembro, a Petrobras deve ver qual o novo patamar (do preço mundial do petróleo) e pode dar um presente de Natal para os brasileiros com a redução do preço, acho que isso deve acontecer”, avalia o especialista.

    Pires acredita que não deve haver uma estabilização do preço abaixo dos 70 dólares caso as preocupações com o potencial da variante Ômicron seja dissipadas. “A aposta é que o petróleo volte a subir no final de ano ou janeiro para um patamar maior de 70 dólares”, afirma.