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    Escritório de advocacia abre processo coletivo contra empresa de “advogado robô”

    DoNotPay "não é realmente um robô, um advogado ou um escritório de advocacia", disse a firma de advocacia Edelson, em uma ação coletiva encaminhada a um tribunal de São Francisco

    DoNotPay gerou polêmica no início deste ano quando Browder disse no Twitter que a empresa tinha planos de usar um chatbot de inteligência artificial para aconselhar um réu em um tribunal de trânsito dos EUA
    DoNotPay gerou polêmica no início deste ano quando Browder disse no Twitter que a empresa tinha planos de usar um chatbot de inteligência artificial para aconselhar um réu em um tribunal de trânsito dos EUA Owen Beard/ Unsplash

    Por Sara Merken, da Reuters

    A companhia norte-americana DoNotPay, que afirma ter desenvolvido o “primeiro advogado robô do mundo”, está sendo processada por um importante escritório de advocacia que afirma que a empresa está exercendo a advocacia sem ter licença para isso.

    A DoNotPay “não é realmente um robô, um advogado ou um escritório de advocacia”, disse a firma de advocacia Edelson, em uma ação coletiva encaminhada a um tribunal de São Francisco em 3 de março.

    A Edelson abriu o processo em nome do morador da Califórnia Jonathan Faridian, que afirma que usou os serviços da DoNotPay para escrever petições, processos e acordos de operação de empresas tendo obtido resultados “abaixo do padrão e de baixa qualidade”.

    O presidente-executivo da DoNotPay, Joshua Browder, afirmou no Twitter nesta quinta-feira que o processo “não tem mérito” e que Faridian tem “dezenas de casos bem sucedidos relacionados a direito do consumidor obtidos com a DoNotPay”.

    Browder disse que o fundador da Edelson, Jay Edelson, “me inspirou a começar a DoNotPay”, afirmando que Edelson e advogados como ele enriqueceram por meio de ações coletivas com poucos benefícios para os consumidores. Edelson não comentou o assunto.

    Browder fundou a DoNotPay em 2015 com foco em processos contra multas de estacionamento e a empresa cresceu para incluir alguns serviços jurídicos, segundo o processo.

    A DoNotPay gerou polêmica no início deste ano quando Browder disse no Twitter que a empresa tinha planos de usar um chatbot de inteligência artificial para aconselhar um réu em um tribunal de trânsito dos EUA.

    Browder também disse que sua empresa pagaria US$ 1 milhão a qualquer pessoa disposta a usar fones de ouvido enquanto utiliza o serviço de advogado robô da companhia para se defender perante a Suprema Corte dos EUA.

    O processo aberto contra a DoNotPay afirma que a empresa violou a lei de concorrência desleal da Califórnia ao se envolver na prática de Direito sem ter licença para tanto. A ação busca uma ordem judicial declarando a conduta da empresa ilegal e danos não especificados.