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    Entregador não pode carregar comida com estômago vazio, diz Lula sobre trabalhadores de aplicativos

    Presidente lembrou encontro com Joe Biden e pacto em defesa da promoção do "trabalho digno"

    Flávio Ismerimda CNN

    São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar nesta terça-feira (26), durante a Conversa com o Presidente, que pretende atuar para a regulamentação dos direitos dos trabalhadores de aplicativos.

    Na live, que contou também com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e da ministra da Saúde, Nísia Trindade, o chefe do Executivo afirmou que os trabalhadores devem ser tratados com dignidade.

    “O que nós queremos é que vocês sejam tratados com a dignidade que todo ser humano tem que ser tratado e receber um salário que permita vocês comerem pelo menos a comida que vocês entregam. Não é humano você carregar comida nas costas e estar com o seu estômago vazio”, declarou Lula.

    O presidente lembrou que firmou um pacto com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quarta-feira (20), afirmando “o compromisso mútuo” em relação ao tema e à “promoção do trabalho digno“.

    “Nós fizemos um protocolo com o presidente Biden e eu acho que isso vai andar daqui para frente”, disse.

    Veja os 5 pontos da declaração:

    1. Proteger os direitos dos trabalhadores, tal como descritos nas convenções fundamentais da OIT [Organização Internacional do Trabalho], capacitando os trabalhadores, acabando com exploração de trabalhadores, incluindo trabalho forçado e trabalho infantil;
    2. Promoção do trabalho seguro, saudável e decente, e responsabilização no investimento público e privado;
    3. Promover abordagens centradas nos trabalhadores para as transições digitais e de energia limpa;
    4. Aproveitar a tecnologia para o benefício de todos; e
    5. Combater a discriminação no local de trabalho, especialmente para mulheres, pessoas LGBTQI e grupos raciais e étnicos marginalizados.

    A declaração ressalta ainda que “os trabalhadores e seus sindicatos lutaram pela proteção no local de trabalho, pela justiça na economia e pela democracia nas nossas sociedades”, destacando que estão no centro das economias dinâmicas e do “mundo saudável”.

    Assim, afirmam que querem colocar a classe trabalhadora “no centro das nossas soluções políticas”, os apoiando e capacitando.

    Veja também: Associar entregadores ao trabalho escravo é exagero?