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    Entenda por que a recuperação da confiança na globalização será tema em Davos

    À CNN Rádio, o professor Leonardo Trevisan explicou que o mundo, hoje, está mais fragmentado do que há três anos, devido à pandemia, guerra na Ucrânia e crise econômica

    Leandro Barreto on Unsplash

    Amanda Garciada CNN

    Um dos temas centrais do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, é a busca pela cooperação em um mundo que, hoje, está fragmentado.

    Para o professor de Relações Internacionais da ESPM Leonardo Trevisan, esta é a questão central a ser discutida.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou como essa divisão se deu e por que essa é fonte de preocupação.

    Segundo o especialista, a “herança” dos últimos 3 anos está no cerne do problema.

    “Tivemos uma das maiores pandemias do mundo, depois a maior guerra desde a 2ª Guerra Mundial, e isso aumenta o ceticismo, as pessoas ficam em dúvida da eficiência da globalização”, disse.

    Trevisan defende que globalização está diretamente relacionada ao comércio e a subsequente fronteira aberta: “Isso diminui a pobreza.”

    “A globalização de 1996 a 2010 reduziu em 2 bilhões a população abaixo da pobreza, é disso que estamos falando, de comércio e de enfrentar a pobreza.”

    De acordo com o professor, por esse motivo, é sensato que o tema seja discutido em Davos para combater “esse ceticismo sobrea globalização, que não é bom.”

    “O espírito de Davos é gerar confiança, aproximação, negócio e enfrentamento da pobreza”, completou.

    Just In Time x Just In Case

    Leonardo Trevisan explicou que a lógica “just in time” foi aplicada durante o auge da globalização.

    “Quando preciso de alguma coisa, sei que tem alguém fabricando e eu compro.”

    No entanto, ela foi trocada pelo “just in case”: “Nesse momento, eu estoco por via das dúvidas, ao invés de comprar na hora que preciso, o que cria desconfianças nas cadeias globais de suprimento.”

    Se há fechamento das fronteiras, por exemplo, não há concorrência e o preço sobe, gerando inflação.

    “Isso assusta Davos, não podemos ficar no ‘just in case’”, concluiu.

    *Com produção de Bruna Sales