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    Entenda o que muda com o novo marco regulatório dos fundos de investimento

    Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entrou em vigor nesta semana

    Da CNN , São Paulo

    Entrou em vigor nesta semana o novo marco regulatório dos fundos de investimento, após dois anos de discussões.

    A resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) introduz maior transparência ao padronizar a legislação, além de permitir que investidores comuns ou pessoas físicas acessem fundos de investimento que anteriormente só eram destinados a grandes investidores.

    A mudança deveria ter entrado em vigor em abril, mas foi adiada para que os fundos se adaptassem às novas regras.

    A medida também simplifica o acesso aos investimentos e proporciona maior segurança e proteção aos investidores.

    “O marco regulatório destaca a importância de o mercado brasileiro se adequar aos mercados internacionais, atraindo mais investidores estrangeiros”, afirma a dead de Produtos da InvestSmart XP, Tatiana Guedes.

    Segundo Guedes, o Brasil possui aproximadamente R$ 7,5 trilhões de recursos alocados em fundos de investimento.

    A executiva explica que a proposta também irá tratar da possibilidade dos investidores de varejo alocarem recursos em fundos anteriormente destinados apenas a investidores qualificados.

    “Isso irá promover maior acesso a mercados diferenciados e estimular cada vez mais a diversificação da carteira”, avalia.

    Tatiana pontua ainda que o novo marco regulatório deixará mais clara a distribuição de taxas, uma vez que será necessário descriminar quanto será pago para cada prestador de serviços (administrador, gestor, custodiante e distribuidor) ao realizar a contratação de um fundo.

    “Essas informações deverão ficar disponibilizadas no regulamento do fundo. Isso trará mais transparência para o investidor”, diz.

    Da mesma forma, a resolução também permitirá ao investidor ter a sua responsabilidade limitada, ou seja, ele não terá a necessidade de aportar recursos adicionais em caso de perdas superiores ao patrimônio líquido do fundo.

    “Atualmente, o investidor tem responsabilidade ilimitada, que significa que, se o fundo tiver perdas superiores ao patrimônio líquido, os cotistas podem ser chamados para aportar mais recursos. Com a possibilidade da responsabilidade limitada, o investidor responderá apenas até o valor de suas próprias cotas”, afirma.

    Principais mudanças

    Entre as principais mudanças estabelecidas pelo novo marco regulatório dos fundos de investimentos, estão:

    • Abertura para investidores comuns aplicarem em FIDCs, sem a necessidade de possuir mais de R$ 1 milhão em aplicações
    • Limitação da responsabilidade do investidor em relação ao valor das cotas
    • Possibilidade de introdução de novas classes de fundos
    • Maior autonomia dos gestores
    • Os fundos ESG passam a ter requisitos definidos pela CVM
    • Equiparação de créditos de carbono e créditos de descarbonização comercializados por produtores e importadores de biocombustíveis (CBIOs)
    • Equiparação de ativos digitais a ativos financeiros, desde que negociados em plataformas autorizadas no Brasil ou no exterior

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    Publicado por Amanda Sampaio, da CNN.

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