Enquete de Musk mostra que 57,5% querem que ele deixe cargo de CEO do Twitter
Musk disse no domingo que respeitará os resultados da votação, mas não deu detalhes sobre quando ele se demitiria se os resultados dissessem que deveria fazer isso
Uma pesquisa feita por Elon Musk em seu perfil no Twitter sobre se ele deve deixar o posto de presidente-executivo da plataforma mostrou que a maioria dos usuários da rede social que participaram votaram a favor da mudança, depois que a pesquisa terminou nesta segunda-feira (13).
Cerca de 57,5% dos votos foram a favor do “Sim”, enquanto 42,5% foram contra a ideia de Musk deixar de ser o presidente do Twitter, segundo a pesquisa que o bilionário lançou no domingo à noite. Mais de 17,5 milhões de pessoas participaram da votação.
Musk disse no domingo que respeitará os resultados da votação, mas não deu detalhes sobre quando ele se demitiria se os resultados dissessem que deveria fazer isso.
As ações da Tesla Inc, o fabricante de carros elétricos encabeçada por Musk, subiram mais de 5% nas negociações pré-abertura.
Musk, que perdeu seu título de pessoa mais rica do mundo no início deste mês, também fundou a empresa de túneis Boring Company, a empresa de dispositivos médicos de apoio Neuralink e a empresa de foguetes SpaceX.
Os investidores da Tesla têm se preocupado que Musk pode estar dispersando demais sua energia após a compra do Twitter.
A Tesla já perdeu quase 60% de seu valor este ano, já que, como outros fabricantes de automóveis, combate os problemas da cadeia de abastecimento e a crescente competição.
No mês passado, Musk disse a um tribunal de Delaware que reduziria seu tempo no Twitter e eventualmente encontraria um novo líder para administrar a empresa de mídia social.
Respondendo ao comentário de um usuário do Twitter sobre uma possível mudança no comando da empresa, Musk disse no domingo “Não há sucessor”.
A pesquisa vem após a atualização da política do Twitter no domingo, que proibiu contas criadas com o único objetivo de promover outras empresas de mídia social e conteúdos que contenham links ou nomes de usuários para plataformas rivais.
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Relembre como foi a negociação entre Elon Musk e Twitter
Crédito: Brett Jordan/Unsplash - 2 de 9
Em 4 de abril, um documento regulatório foi divulgado mostrando que o dono da Tesla, Elon Musk, havia adquirido em 14 de março uma participação acionária de 9,2% do Twitter
Crédito: SOPA Images/LightRocket via Gett - 3 de 9
No dia seguinte, Parag Agrawal, CEO do Twitter, anunciou que Musk se juntaria ao conselho de administração da rede social
Crédito: Divulgação/Twitter - 4 de 9
Em 11 de abril, Musk decidiu não integrar o conselho administrativo da empresa
Crédito: 13/06/2019REUTERS/Mike Blake - 5 de 9
Em vez disso, Musk decidiu fazer uma oferta para comprar Twitter em 14 de abril. Segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), o bilionário queria comprar todas as cotas que não possuía a US$ 54,20 por ação —o que levaria a empresa a valer US$ 43,4 bilhões
Crédito: Dado Ruvic/Reuters - 6 de 9
No dia seguinte, o Twitter adotou o chamado "poison pill" (ou pílulas venenosas), um mecanismo para que os sócios que tenham receio de perder o controle de uma companhia dificultem ou, até mesmo, impeçam uma possível aquisição de ações
Crédito: Reuters - 7 de 9
Em 21 de abril, o bilionário revelou como iria financiar a compra do Twitter: ele investiria US$ 33,5 bilhões, que incluiriam US$ 21 bilhões em ações e US$ 12,5 bilhões em empréstimos. Bancos concordaram em fornecer outros US$ 13 bilhões em dívidas garantidas
Crédito: Reuters - 8 de 9
Em 24 de abril, o conselho de administração do Twitter se reuniu para discutir a proposta de aquisição de Musk
Crédito: 27/9/2013 REUTERS/Kacper Pempel/Illustration - 9 de 9
Em 25 de abril, Musk e Twitter chegam a um acordo: o bilionário comprou a rede social por US$ 44 bilhões
Crédito: REUTERS/Stephen Lam