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    Empréstimo ao setor elétrico pode aliviar alta tarifária esperada para 2022

    Segundo a TR Soluções, o empréstimo poderá ter um efeito médio de 3,41 pontos percentuais na variação estimada para a tarifa neste ano

    Estação de distribuição de energia
    Estação de distribuição de energia 30/09/2009REUTERS/Amit Dave

    Letícia Fucuchimada Reuters da Reuters

    O novo empréstimo ao setor elétrico deve amenizar o movimento esperado de alta tarifária em 2022, além de atenuar uma queda esperada para 2023, segundo a TR Soluções, empresa de tecnologia especializada em tarifas de energia.

    As projeções da TR para o item que tem impactado na inflação do Brasil indicam que o empréstimo poderá ter um efeito médio de 3,41 pontos percentuais na variação estimada para a tarifa neste ano, passando de 18,11% para 14,70%.

    Já em 2023, a expectativa é de que o financiamento suavize a queda estimada, de 17,40% para 8,26%, em média.

    A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou no início do mês a abertura da consulta pública sobre um empréstimo bilionário ao setor para aliviar custos adicionais incorridos com a crise hídrica no ano passado.

    O valor máximo estimado para a operação é de 5,6 bilhões de reais, mas a agência também citou a possibilidade de deliberação de uma segunda parcela até maio, de até 5,2 bilhões de reais.

    As simulações da TR consideram as tarifas de todas as classes de consumidores de energia. Para o empréstimo, usam como premissa o valor total de 10,8 bilhões de reais, além da data-base de 1º de março para a entrada em vigor do financiamento, uma taxa de juros de 15% ao ano (Selic + spread) e o prazo de carência de 10 meses e amortização em 24 meses.

    “As simulações indicam que o empréstimo é oportuno porque induz a uma manutenção dos patamares tarifários, atenuando tanto as elevações acentuadas previstas para 2022 como as acentuadas quedas esperadas para 2023”, afirmou, em nota, o sócio-administrador da TR Soluções, Paulo Steele.

    Para este ano, a perspectiva de alta das tarifas reflete a manutenção da geração térmica, a alta do encargo Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e o aumento dos custos do serviço de distribuição, pressionados pela inflação.

    Em 2023, o cenário de queda significativa das tarifas está associado principalmente ao fato de que 19 distribuidoras passarão por revisão das tarifas, com expectativa de avaliação para baixo dos custos regulatórios de algumas dessas concessionárias.

    Se alivia a tarifa em 2022, o empréstimo deve atuar com fator positivo para a composição do valor da conta de luz nos próximos anos, considerando uma premissa de que distribuidoras terão prazo de carência de dez meses para pagar o financiamento.