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    Empreendedoras brasileiras têm dificuldade de acesso a capital, diz estudo

    Em meio às adversidades, São Paulo é a cidade brasileira mais favorável para as que insistem; e inteligencia emocional pode ser decisiva para garantir sucesso

    Bruna Macedoda CNN , em São Paulo

    Que empreender não é uma tafera fácil para ninguém, isso todos podem imaginar, mas para as mulheres brasileiras, ficou comprovado que é ainda mais difícil. A conclusão é do estudo We Cities, divulgado pela Dell Technologies.

    Entre os fatores que dificultam a vida da empreendedora, estão listados: a pesada carga burocrática – como o tempo e a quantidade de trâmites necessários para a abertura de um negócio – altos impostos corporativos, e um sistema tributário complexo.

    Também têm um impacto negativo sobre as empreendedoras: o ambiente, que favorece as empresas existentes em detrimento da criação de novos negócios, o acesso restrito ao capital, assim como o número limitado de investidores. Altos custos de empréstimos também são barreiras relativamente altas à entrada de mulheres empresárias em São Paulo.

    We cities também considera que são poucas as mulheres fundadoras ou executivas que estão representadas na 2ª rodada ou em rodadas superiores de financiamento. Como tal, há uma notável ausência de mulheres líderes nos setores público e privado.

    A última mulher prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), encerrou o mandato há 17 anos, e as mulheres representam apenas 21,8% dos vereadores. A nível nacional, as mulheres representam apenas 15% das cadeiras no Congresso. Apesar de moderado progresso em direção à igualdade de gênero em áreas como educação e saúde, as mulheres continuam atrasadas em papéis de liderança.

    O levantamento traz essas dados para embasar a lista que conta com as 55 cidades mais favoráveis ao empreendedorismo feminino no mundo. E assim como nos levantamentos anteriores, das cidades brasileiras, apenas São Paulo entrou no ranking, ficando com a 51ª posição – caiu cinco posições em relação ao último índice, publicado em 2019.

    Ainda segundo o estudo, a queda se deu por fatores variados, mas o aspecto que mais pesou para isso foi o acesso restrito das mulheres ao dinheiro.

    Apesar de estar abaixo da média em termos de classificação e pontuação, a metrópole aparece no ranking com muito potencial competitivo: São Paulo tem muitos pontos fortes que podem ser aproveitados para fomentar mulheres empreendedoras e ligar motores de crescimento.

    Para Patrícia Meirelles, especialista em empreendedorismo, negócios, e autoconhecimento, a inteligência emocional pode ser uma parceira decisiva para que as mulheres não desistam de empreender em um ambiente hostil: “o conselho que eu dou é trabalhar muito a inteligência emocional e a resiliência, aprender a ouvir muitos “nãos” e correr atrás do sim, trazer pessoas boas para o negócio que possam te levar para ambientes onde estão possíveis investidores também é importante. A organização é a base de tudo”.

    Foram levados em consideração cinco pilares para a realização do estudo: talento, capital, cultura, tecnologia e mercado. Londres, Nova York e Bay Area (São Francisco) lideram o ranking.

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