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    Embratur estuda sistema de stopover em voos com conexão em aeroportos do Brasil

    Ideia é fazer com que o turista internacional fique mais tempo no país

    Avião pousa no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
    Avião pousa no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro Gian Cornachini/Flickr

    Daniel Trevorda CNN

    Brasília

    Na hora de comprar uma passagem, é melhor um voo direto ou com conexão? A obviedade da escolha pelo voo direto pode mudar. Isso porque um novo sistema está em fase piloto após negociações entre a Embratur e as companhias aéreas: o stopover.

    Muito comum em voos internacionais, o stopover é uma expressão utilizada pelas companhias aéreas e agências de turismo para designar uma conexão voluntária na qual o passageiro pode passar um período em uma cidade da sua conexão.

    Nos voos longos, as empresas precisam fazer uma escala, onde você continua no mesmo avião, ou conexão, quando há troca de avião no aeroporto.

    Com o stopover, é possível ficar na cidade de conexão. Por exemplo, um voo de Portugal pode fazer uma conexão no Brasil e depois seguir para Argentina. Caso o turista tenha disponibilidade, ele poderá optar em ficar e conhecer uma cidade brasileira.

    “Queremos estimular que a pessoa que entra por São Paulo, Rio de Janeiro ou Rio Grande do Sul possa conhecer outros lugares. O interesse da gente é que o turismo internacional traga mais recurso, gerando mais empregos e renda”, afirma Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

    “Quanto mais tempo o turista ficar aqui, quanto mais ele gastar aqui, melhor para a nossa economia”.

    As negociações com as empresas aéreas acontecem no momento em que a quantidade de voos internacionais ofertados para o Brasil voltou a crescer.

    Em 2023, foram 64,8 mil voos, segundo levantamento da Embratur. É o mesmo nível de 2019, antes da pandemia de Covid-19 afetar a economia global e praticamente paralisar os setores aéreo e de turismo.

    Um projeto-piloto envolvendo o stopover já está acontecendo em Brasília. As empresas Latam e Gol permitem que, pelo mesmo preço, turistas possam ficar mais dias na conexão na capital federal.

    “Queremos que o turista que vem de fora possa viajar internamente por um preço mais razoável. As companhias ganham, o estado ganha, a economia ganha, todo mundo ganha” afirmou Freixo.

    Para a Embratur, não existe prejuízo para as empresas com o novo sistema. Inclusive, o Brasil pode ser um atrativo para a modalidade.

    “Por que isso é possível? Porque o Brasil tem muita diversidade” destaca o presidente da Embratur. “Possibilitamos que diferentes destinos sejam visitados pelo mesmo turista”.

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