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    Embraer volta à China para conversão de jatos de passageiros em cargueiros

    Expectativa pelo anúncio de novos negócios era alta desde viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático em abril

    Embraer anunciou durante o Paris Air Show ter assinado um acordo com a Lanzhou Aviation para a conversão de 20 aeronaves de passageiros E190-F e E195-F para cargueiros
    Embraer anunciou durante o Paris Air Show ter assinado um acordo com a Lanzhou Aviation para a conversão de 20 aeronaves de passageiros E190-F e E195-F para cargueiros Reuters/Paulo Whitaker

    da Reuters

    A Embraer está voltando ao mercado chinês com um acordo para converter jatos de passageiros em cargueiros em parceria com uma empresa local da cidade de Lanzhou, informou a fabricante brasileira de aviões nesta quarta-feira (21).

    A expectativa pelo anúncio de novos negócios na China era alta desde a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático em abril.

    Na ocasião, ele apoiou publicamente os esforços da Embraer para retornar a um mercado onde a empresa vinha enfrentando dificuldades para obter novos acordos desde o fechamento de uma joint venture em Harbin, em 2016.

    Alguns esperavam que a volta à China pudesse ocorrer com vendas de aeronaves para uma companhia aérea local, mas a Embraer anunciou durante o Paris Air Show ter assinado um acordo com a Lanzhou Aviation para a conversão de 20 aeronaves de passageiros E190-F e E195-F para cargueiros.

    “É um mercado com demanda crescente por aeronaves de carga, resultado do expressivo crescimento do e-commerce e com consequências positivas para o setor de logística”, disse o presidente-executivo de aviação comercial da Embraer, Arjan Meijer.

    “Estamos confiantes neste mercado com grande potencial”.

    Um dia antes, a Embraer já havia anunciado novos pedidos da American Airlines e da companhia aérea espanhola Binter por aeronaves comerciais, que totalizam cerca de 1 bilhão de dólares a preço de tabela.

    Os detalhes financeiros do acordo de Lanzhou não foram divulgados.

    A Embraer disse em comunicado que as empresas pretendem cooperar no estabelecimento da capacidade de conversão do E190-F e E195-F em Lanzhou, acelerando a introdução da primeira geração de cargueiros E-Jet no mercado chinês.

    A Embraer prevê que a demanda por esses jatos chegue a cerca de 700 cargueiros nos próximos 20 anos, sendo a China responsável por 240, e disse que o acordo em Lanzhou é um “forte indicador” dessa demanda.

    Terceira maior fabricante de aviões do mundo, depois da Airbus e Boeing, a Embraer possui atualmente 85 aeronaves E-Jet operando na China, com as companhias aéreas Tianjin, Hebei, Beibu Gulf e Colorful Guizhou.