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    Em nova revisão, mercado melhora estimativa para o PIB em 2020; tombo é de 5,52%

    Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. A projeção passou de queda de 5,62% para 5,52%

    Sede do Banco Central, em Brasília (16.mai.2017)
    Sede do Banco Central, em Brasília (16.mai.2017) Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Pela sétima semana consecutiva, os economistas do mercado financeiro melhoraram as estimativas para o desempenho Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A projeção passou de queda de 5,62% para 5,52%. No fim de junho, as previsões eram de um tombo de 6,54%. 

    Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. 

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    A previsão de recessão econômica de 2020 é reflexo dos impactos da pandemia da Covid-19, na atividade brasileira e mundial. Já a tendência de melhora nas expectativas começou após indicadores macroeconômicos sinalizarem o início da retomada da economia no Brasil. 

    Na semana passada, o BC divulgou seu indicador de atividade econômica, o IBC- Br, que registrou tombo de 10,9% no segundo trimestre de 2020, indicando o início de uma recessão. O indicador é interpretado pelo mercado como uma “prévia” do PIB. 

    Em julho, o Ministério da Economia decidiu manter sua projeção de queda do PIB em 4,7% neste ano. A decisão foi justificada pela melhoria dos indicadores, refletindo um efeito positivo das medidas emergenciais adotadas até então. Desde então, a equipe econômica tem dito que as previsões com queda acima dos 6% terão que ser revistas. 

    Por outro lado, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) esperam respectivamente, tombo de 8% e 9,1%. 

    Inflação 

    Os analistas também revisaram a previsão para o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa para a inflação oficial avançou de 1,63% para 1,67%. Há um mês, o valor estava em 1,72%. 

    O número segue abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%. 

    A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic. Atualmente, a Selic está na mínima histórica, a 2% ao ano.

    Taxa Selic 

    Para este ano, o mercado prevê a manutenção do atual patamar da taxa básica de juros da economia. Assim, a projeção é de que a Selic permanece na mínima histórica de 2% ao ano até o fim de 2020. 

    No entanto, para 2021, a estimativa do mercado recuou de 3% a.a para 2,75% ao ano. Ou seja, apesar de esperar uma alta dos juros no próximo ano, as expectativas é de que o movimento seja mais gradual.

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