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    Em meio a tensões, Campos Neto, Haddad e Tebet realizam reunião do CMN nesta quinta-feira (16)

    Grupo composto por Haddad, Tebet e Campos Neto se reúne pela primeira vez após críticas do governo federal ao Banco Central

    Eduardo Hahonda CNN

    em Brasília

    O Conselho Monetário Nacional (CNM) realiza, nesta quinta-feira (16), o primeiro encontro em 2023. Atualmente composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o colegiado terá seu primeiro encontro desde a posse do governo Lula em meio a tensões entre o poder Executivo e o Banco Central.

    Havia expectativa de que o Conselho pudesse discutir, já nesta primeira reunião, uma possível mudança na meta de inflação para 2023. A possibilidade, porém, foi negada pelo ministro Haddad, que afirmou que a discussão não está na pauta do encontro.

    “Existe uma coisa chamada Comoc [Comissão Técnica da Moeda e do Crédito], que define a pauta do CMN”, disse o ministro. Por tradição, o Comoc se reúne na véspera da reunião do CMN.

    O CMN é encarregado de decisões sobre crédito, meta de inflação e regulações sobre instituições financeiras. Para 2023, a meta de inflação oficial está em 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Esta meta, junto da taxa básica de juros, fixada em 13,75% ao ano, gerou uma série de críticas de Lula ao Banco Central, com foco no presidente da autarquia, Campos Neto.

    O presidente do BC, por outro lado, classificou o debate acerca da meta como “legítimo”. “É justo questionar os juros altos. Acho que é importante ter alguém que faça esse papel no governo, sempre. Faz parte do jogo do equilíbrio natural. Acho que quando os juros reais estão alto, ter o debate sobre o porquê ele está alto, é super legitimo. E é um trabalho do Banco Central esclarecer, melhorar a comunicação, e às vezes eu reconheço que poderíamos fazer isso com maior frequência e de forma mais didática, a gente sempre tenta aprimorar isso”, destacou o Roberto Campos Neto.

    O CMN chegou a marcar um encontro para o dia 26 de janeiro, mas foi cancelado por falta de itens na pauta.