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    Em meio a seca histórica na Argentina, agricultores protestam contra impostos e política cambial

    Trabalhadores pedem ao governo do presidente Alberto Fernández políticas comerciais intervencionistas menos onerosas, e a eliminação dos impostos de exportação, já que sofrem com a pior seca dos últimos 60 anos

    Por Maximilian Heath, da Reuters

    Agricultores da Argentina fizeram um protesto na província de Santa Fé nesta terça-feira (28) para exigir impostos mais baixos e uma taxa de câmbio melhor para suas exportações, em meio a uma crise econômica prolongada e a uma seca histórica que afetou as colheitas e a produção agrícola.

    Os agricultores pedem ao governo do presidente Alberto Fernández políticas comerciais intervencionistas menos onerosas, e a eliminação dos impostos de exportação, já que sofrem com a pior seca dos últimos 60 anos.

    “Temos alertado que a situação dos agricultores está difícil com a seca, com as geadas”, disse Carlos Achetoni, presidente da federação agrícola FAA, em um vídeo publicado no Twitter anunciando a manifestação.

    Os controles de capital da Argentina impulsionaram os populares mercados informais de câmbio, onde os dólares norte-americanos são duas vezes mais caros que a taxa oficial, rigidamente controlada.

    O controle cria um desincentivo para os agricultores exportarem, já que as receitas em dólares precisam ser convertidas de volta para a moeda local, o peso, em uma taxa oficial, mais baixa.

    Grande produtora de soja, milho e trigo, a Argentina é um dos maiores exportadores de grãos do mundo, o que fornece moeda forte crucial para o banco central do país, que tem baixa liquidez.

    As safras locais podem render quase um quarto a menos de dólares de exportação nesta temporada em relação ao ciclo anterior, de acordo com a bolsa de grãos de Buenos Aires.

    A Argentina realiza eleições presidenciais ainda neste ano. A votação iminente apresenta uma batalha difícil para a coalizão peronista de Fernández, já que a inflação anual gira em torno de 100%, uma das mais altas taxas de aumento de preços ao consumidor no mundo.

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