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    Em jantar com Maia e Alcolumbre, Centrão discute eleições e ‘apagão econômico’

    Avaliação é de que partidos de centro saíram fortalecidos e que precisam dialogar e construir um nome de consenso para disputar a eleição presidencial em 2022

    Igor Gadelhada CNN

    Caciques e lideranças do Centrão discutiram o resultado das eleições municipais e o impacto dele no cenário político-eleitoral para 2022 em um jantar na última terça-feira (17), em Brasília, com a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

    A conversa ocorreu durante a comemoração do aniversário do deputado federal João Roma (Republicanos-BA), que reuniu parlamentares e dirigentes do Centrão em seu apartamento para comemorar seus 48 anos. Entre os presentes, estavam os presidentes do DEM, ACM Neto, e do Republicanos, deputado Marcos Pereira.

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    Segundo apurou a CNN, no jantar, a avaliação feita por parlamentares e lideranças do Centrão foi de que os partidos de centro saíram fortalecidos das eleições municipais e que, por isso, precisam ter “humildade” para dialogar e construir um nome de consenso para disputar as eleições presidenciais de 2022.

    Houve também a avaliação de que o presidente Jair Bolsonaro errou e se “apequenou” ao entrar de forma “amadora” na campanha municipal deste ano, sem sequer estar filiado a um partido. Como resultado, a maioria dos candidatos apoiados publicamente pelo chefe do Palácio do Planalto teve desempenho eleitoral ruim.

    Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre, presidente do Senado
    Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre, ao fundo, presidente do Senado
    Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

     

    “Apagão econômico”

    Parlamentares também reclamaram do que classificam como “apagão econômico”. O diagnóstico foi de que o governo paralisou o “diálogo” sobre a agenda econômica. “Está faltando comando, está faltando agenda. O que o governo tem proposto, o que tem feito para aprovar as reformas?”, questionou um líder do Centrão.

    A percepção dos parlamentares presentes no jantar foi de que, sem a atuação do governo para aprovação dessas reformas, como a tributária, dificilmente elas devem ser aprovadas ainda este ano. “Esse ano a agenda econômica já está morta. Se passar, é a autonomia do Banco Central”, afirmou outro parlamentar.