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    Em dia negativo no exterior, mercado digere dados do varejo e greve de servidores

    Dados do comércio divulgados pelo IBGE superam expectativas do mercado, enquanto bolsas ao redor do planeta operam em queda

    Priscila Yazbekda CNN

    Em São Paulo

    Os mercados ao redor do mundo operam em queda nesta sexta-feira (14), enquanto dados do comércio se destacam no cenário brasileiro.

    Começando pelo exterior, índices futuros americanos tentam engatar alta depois das quedas de quinta-feira (13), mas operam próximos da estabilidade. A inflação ao produtor trouxe alívio, mas a perspectiva de juros maiores e estímulos menores na maior economia do mundo continua pesando sobre a bolsa.

    Nos Estados Unidos, atenção para a temporada de balanços, que ganha força com resultados de bancos, como o JP Morgan, Citigroup e Wells Fargo.

    Na Ásia, bolsas fecharam em queda, seguindo os tombos em Nova York e de olho no avanço da variante Ômicron da Covid-19.

    Na Europa, as bolsas também caem pela manhã, puxadas pelo desempenho do exterior. O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 2,7% em 2021, dentro do esperado, mas abaixo da média da Europa.

    Clima de cautela também com o acirramento das tensões entre a Rússia e os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que os canais de diálogo estão totalmente interrompidos.

    Também chama a atenção o enfraquecimento do dólar. O índice da Bloomberg teve a maior queda desde maio nesta quinta.

    Fundos estrangeiros avaliam que o dólar pode ter atingido um pico, já que o cenário aponta para déficit maior dos Estados Unidos e recuperação global mais ampla.

    Isso favorece o fluxo de dinheiro para países emergentes, para a Ásia e para a Europa e a saída de dinheiro dos EUA.

    Brasil

    Vindo para o Brasil, acabaram de sair os dados do comércio do IBGE. O setor subiu 0,6% em novembro, acima da expectativa do mercado, que esperava queda de 0,2%.

    Também em destaque no noticiário nacional está a reunião entre os servidores da Receita Federal e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que aconteceu ontem, mas terminou sem acordo.

    Auditores saíram do encontro dizendo que vão endurecer a mobilização. O Supremo Tribunal Federal (STF) disse que se o governo garantir aumento aos policiais, outras categorias podem pedir reajuste na justiça. Economistas dizem que o governo pode usar essa questão do STF como porta de saída pra voltar atrás, e não dar reajuste.

    A notícia de que o governo deu mais poder à Casa Civil e ao Centrão sobre o orçamento também gera incerteza. No entanto, não chega a pesar sobre a bolsa, pois o mercado enxerga que o Centrão já vinha dando as cartas no governo e já “precificava” que a pressão por gastos públicos seria grande neste ano.

    Sem surpresas e com maior fluxo de recursos para países emergentes, a bolsa vem evitando mais perdas.

    O Ibovespa Futuro sobe 0,17%, a 106.390 pontos, e o dólar sobre 0,13%, a R$ 5,53. O S&P 500 Futuro cai 0,09%, a 4.654 pontos.

    Agenda do Dia

    No Brasil, o destaque ficou por conta da divulgação dos dados do comércio. No exterior, além dos balanços de bancos, tem vendas no varejo e produção industrial.