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    Em cerimônia de posse, novo presidente do IBGE defende reconstrução do órgão “após administração tóxica”

    Segundo Pochmann, os últimos anos representaram um “vendaval tóxico e destrutivo” na instituição que gerou atraso de dois anos no Censo Demográfico

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    Na cerimônia de posse, o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Márcio Pochmann, defendeu ser “urgente” a reconstrução do órgão e criticou a atuação do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na instituição.

    Segundo Pochmann, os últimos anos representaram um “vendaval tóxico e destrutivo” na instituição que gerou atraso de dois anos no Censo Demográfico, comprometido especialmente pela falta de recursos orçamentários.

    “A recuperação do IBGE é urgente e inadiável após o vendaval tóxico e destrutivo dos anos recentes que impuseram a realização do Censo Demográfico com um atraso de dois anos e com recursos orçamentários de apenas dois terços do total que havia sido comprometido em termos reais em 2010”, disse.

    De acordo com o novo presidente, agora será possível assegurar recursos para o Censo além de garantir reajuste nas remunerações e novos concursos.

    “O desafio me cobra a totalidade das competências, a produção com máxima qualidade e rigor técnico e científico das informações e dos dados”, afirmou.

    O nome de Pochmann é escolha pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estava presente na cerimônia, mas não discursou. É presidente do Instituto Lula e presidiu a Fundação Perseu Abramo, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) entre 2007 e 2012, além de ter outras atuações pelo PT ao longo dos anos.

    O economista, no entanto, não tinha a simpatia da ministra do Planejamento, Simone Tebet. O IBGE é uma pasta vinculada ao ministério chefiado pela ex-senadora. No entanto, na cerimônia desta sexta, Tebet elogiou Pochmann e garantiu que será bem recebido.

    “Não há duas estradas. Não há dois caminhos. Não há mão e contramão. Nossa estrada não é de mão dupla, mas de mão única. Todos caminhamos juntos, que repito nas palavras do presidente Lula: colocar o pobre no orçamento, erradicar a pobreza, garantir dignidade e cidadania ao povo brasileiro”, afirmou.

    Veja também: Mesmo crítico, Haddad acata Pochmann no IBGE, dizem aliados

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