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    Elevar auxílio sem fonte de financiamento é dar com uma mão e tirar com a outra, diz economista

    Momento, segundo o especialista, pede uma discussão mais profunda sobre o tamanho do Estado que a sociedade quer ter e sobre a forma que prefere direcionar suas receitas

    Samuel Pessôa, economista e chefe de pesquisa econômica da Julius Baer Family Officy
    Samuel Pessôa, economista e chefe de pesquisa econômica da Julius Baer Family Officy Reprodução/CNN Brasil (20.nov.2022)

    Do CNN Brasil BusinessVinícius Tadeuda CNN

    Elevar gastos públicos com benefícios sociais é uma demanda urgente no Brasil atualmente, mas a falta de clareza sobre a fonte de financiamento pode prejudicar o objetivo da política do governo eleito, defende Samuel Pessôa, economista e chefe da pesquisa econômica da Julius Baer Family Officy.

    “Aumentar o gasto público com medidas de combate a pobreza sem que essas medidas estejam claramente estabelecidas, é dar com a mão e tirar com a outra. E o mercado financeiro está reagindo a esse problema, que não é o gasto a mais, mas as condições de financiamento desses gastos não estarem claras”, disse à CNN neste domingo (20).

    O momento, segundo o especialista, pede uma discussão mais profunda sobre o tamanho do Estado que a sociedade quer ter e sobre a forma que prefere direcionar suas receitas.

    “Se a gente quer mais dinheiro para o Auxílio Brasil, que vai voltar a chamar Bolsa Família, e se achamos que é importante que o benefício seja de R$ 600 por família e que tenha R$ 150 a mais para toda criança, o que faz sentido, tudo isso custa R$ 75 bilhões a mais por ano”, diz.

    “Então, temos que olhar dentro do orçamento e verificar se há medidas de controle de gastos que reduzam outras rubricas do gasto público ou se é necessário  aumentar a carga tributária em R$ 75 bilhões para que tenhamos receita de impostos para financiar esse gasto”.

    *Veja a entrevista completa no vídeo.

    *Publicado por Ligia Tuon