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    Eletrobras lucra no 2º tri por revisão tarifária; ano a ano tem queda de 17%

    A estatal encerrou o trimestre com R$ 14,7 bilhões em caixa e equivalentes de caixa. Com isso, a dívida líquida ficou em R$ 19,6 bi, ante R$ 19,97 bi em 2019

    Fachada da sede da Eletrobras
    Fachada da sede da Eletrobras Foto: Pilar Olivares/Reuters

    Luciano Costa,

    Reuters

    A elétrica estatal Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 4,6 bilhões no segundo trimestre, favorecida por uma revisão tarifária de seus ativos de transmissão, mas o resultado ainda ficou 17% abaixo do visto no mesmo período do ano passado.

    A maior empresa de eletricidade da América Latina teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) 483% maior na comparação anual, de 7,78 bilhões de reais, com impacto positivo de 5,5 bilhões de reais devido à revisão das tarifas de transmissão.

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    Excluídos efeitos não recorrentes, porém, o Ebitda ajustado foi de R$ 2,4 bilhões, com queda de 19% ante mesmo trimestre de 2019. A receita operacional líquida da Eletrobras somou R$ 11 bilhões entre abril e junho, alta de 68%.

    A companhia, responsável por um terço da geração e metade da rede de transmissão de energia do Brasil, registrou investimentos de 380 milhões de reais no período, valor 43% abaixo do registrado em 2019. A elétrica ainda registrou impacto negativo de R$ 195 milhões devido à variação cambial.

    Já as receitas com geração somaram R$ 4,8 bilhões no trimestre, contra R$ 5,3 bilhões no mesmo período do ano passado. Já as de transmissão avançaram para R$ 7,5 bilhões, contra R$ 2,5 bilhões no ano anterior.

    A estatal encerrou o trimestre com R$ 14,7 bilhões em caixa e equivalentes de caixa. Com isso, a dívida líquida ficou em R$ 19,6 bilhões, contra R$ 19,97 bilhões no mesmo período de 2019.

    A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa (Ebitda) recorrentes, ficou em 1,5 vez, contra 2,1 vezes no ano anterior.

    Em relação ao número de empregados, a companhia apresentou redução entre os colaboradores para 12,5 mil, contra 15,5 mil anteriormente, com programas de demissão voluntária.

    A Eletrobras afirmou que essas demissões ajudaram a reduzir custos com pessoal, material, serviços e outros (PMSO) em 26% na comparação ano a ano, para R$ 1,67 bilhão.

    No caso da revisão tarifária dos ativos de transmissão, aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em junho, a companhia explicou que foi impactada positivamente pelo reconhecimento de valores adicionais em indenizações recebidas por meio das tarifas após ter aceitado renovar antecipadamente contratos de concessão entre 2012 e 2013.

    No primeiro semestre, o lucro da Eletrobras somou 4,9 bilhões de reais, com queda de 29% frente aos R$ 6,9 bilhões nos primeiros seis meses de 2019.

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