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    Economia do Japão contrai no 1º trimestre e afeta planos de alta dos juros pelo BC

    Dados preliminares do PIB, divulgados nesta quinta-feira, mostraram queda de 2% em termos anualizados nos três primeiros meses do ano

    Por Satoshi Sugiyama e Tetsushi Kajimoto, da Reuters

    A economia do Japão contraiu mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre uma vez que o iene fraco continuou a afetar os consumidores, lançando um novo desafio à perspectiva do banco central para que a taxa de juros se afaste ainda mais do nível próximo de zero.

    Os dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) do Escritório do Gabinete, divulgados nesta quinta-feira, mostraram que a economia do Japão encolheu 2,0% em termos anualizados nos primeiros três meses do ano em relação ao trimestre anterior, contra expectativa de queda de 1,5% em uma pesquisa da Reuters com economistas.

    Dados revisados para baixo mostraram que o PIB quase não cresceu no quarto trimestre de 2023, devido ao rebaixamento das estimativas de gastos de capital.

    Embora os dados preliminares de gastos de capital estejam frequentemente sujeitos a revisões pesadas na divulgação final, as quedas gerais em todos os componentes do PIB sugerem que a economia do Japão não teve um grande motor de crescimento no primeiro trimestre.

    Isso pode criar alguma hesitação para o Banco do Japão, que aumentou as taxas de juros em março pela primeira vez desde 2007 e, desde então, sinalizou sua intenção de continuar a apertar a política monetária.

    “É possível que o cronograma de aumento das taxas seja adiado, dependendo de como o PIB possa se recuperar no trimestre atual”, disse Yoshimasa Maruyama, economista-chefe de mercado da SMBC Nikko Securities.

    Ele disse que, embora a economia certamente se recupere no trimestre atual devido ao aumento dos salários, a incerteza permanece em torno do consumo no setor de serviços.

    A leitura mais recente do PIB se traduz em uma contração trimestral de 0,5%, contra um declínio de 0,4% esperado pelos economistas. Os números revisados do primeiro trimestre serão divulgados em 10 de junho.

     

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