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    É preciso transmitir gravidade da crise à sociedade, diz ex-presidente da Sabesp

    À CNN, Gesner Oliveira defendeu comunicação transparente para que empresas e pessoas possam se preparar para possível racionamento

    Produzido por Elis Franco e Priscila Yazbekda CNN

    São Paulo

    O Brasil vive uma crise hídrica muito grave, entre outros motivos, pela pouca flexibilidade nas matrizes disponíveis. A avaliação é do ex-presidente da Sabesp e do Cade, Gesner Oliveira, que, em entrevista à CNN, afirmou que falta ao país pensar alternativas energéticas para médio e longo prazo.

    Energia eólica e solar estão entre as opções, segundo ele, desde que haja estratégia e planejamento para que isso ocorra.

    “A relação entre oferta e demanda de energia hidrelétrica acaba sendo uma situação muito vulnerável, portanto, é preciso transmitir para a sociedade a gravidade da crise e prepará-la”, afirmou Oliveira.

    De acordo com o especialista, a preparação da sociedade para a crise passa desde planos contingentes para empresas enfrentarem uma eventual falta de energia até a comunicação efetiva com as famílias brasileiras, que precisam estar cientes dos próximos aumentos da conta de luz.

    “Isso vai exigir uma redução de consumo. Famílias mais pobres precisariam ser amparadas com a tarifa social e incentivo para redução do consumo de energia. E também deveríamos pensar em substituição de equipamentos para reduzir o consumo energético”, disse o economista.

    Por isso, Oliveira reforça que a comunicação do governo federal com a sociedade civil deve ser efetiva e transparente.

    “Há uma série de medidas que precisam ser tomadas em conjuntos com a sociedade, mas, para que isso ocorra, assim como ocorreu em 2001, é preciso transmitir a gravidade da crise para a sociedade — naquela ocasião, a sociedade reagiu muito bem, houve redução de consumo, as pessoas tiveram aquela solidariedade e entenderam a situação.”