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    É possível conciliar responsabilidade social com responsabilidade fiscal, diz Moro

    Ex-juiz ainda afirmou que seu partido, o Podemos, é a favor do Auxílio, mas não da forma como foi proposta

    Da CNN Em São Paulo

    O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi ao Senado, nesta terça-feira (23), para falar sobre o Auxílio Brasil. Para ele, é possível conciliar a responsabilidade social com a responsabilidade fiscal ao criar um auxílio à população mais necessitada.

    “Não vamos fechar os olhos para o rompimento do teto de gastos. Isso vai gerar um aumento da inflação, que vai ter que ser respondido pelo Banco Central, com o aumento dos juros. Isso terá como consequência a perda da responsabilidade fiscal do Brasil perante a comunidade internacional. É possível conciliar responsabilidade social com responsabilidade fiscal”, afirmou Moro.

     

    Moro ainda declarou que quando aprovado em 2016, o teto de gastos resultou na queda dos juros, e isso impulsionou a recuperação da economia.

    “Quando se fala em aumento de juros, a consequência disso é recessão. Isso significa na prática, menores salários, e desemprego. O Podemos não pode compactuar com o desemprego dos trabalhadores brasileiros e gerar situações ainda mais difíceis sob o argumento de que isso seria necessário para combater a pobreza”, continuou.

    O ex-juiz ainda afirmou que o Podemos, partido do qual é filiado, é a favor da medida de auxílio, mas não da forma como foi proposta.

    “O Podemos é favorável às medidas pertinentes ao aumento e expansão do Bolsa Família ou do Auxílio Brasil, mas como consta na própria proposta de emenda constitucional, é perfeitamente possível realizar o incremento do Auxílio Brasil sem os efeitos colaterais pretendidos pelo governo, de derrubar o teto de gastos; que havia jurado, inclusive, não romper o teto e buscar o crescimento, não a recessão”,afirmou.

    Moro criticou ainda a proposta da PEC dos Precatórios, que ele classificou como “calote”. “Quem tem dívida de precatórios são brasileiros e brasileiras como nós. Com direitos que têm que ser respeitados. São pessoas comuns, professores, servidores públicos, que vão ter os seus créditos postergados. E essa consequência de gerar o calote não é necessária”.