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    É melhor criar despesa permanente, mas com valor menor, diz economista sobre PEC

    "PEC do Estouro" apresentada pela equipe de Lula propôs despesas extras de R$ 198 bilhões, com novo Bolsa Família a R$ 600

    Produzido por Elis Francoda CNN*

    Na contramão do grosso das críticas à PEC da Transição, o economista Marcos Mendes, professor e pesquisador do Insper, não vê tanto problema no fato de a proposta de aumento de gastos apresentada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ter caráter permanente, ou seja, criar despesas que continuarão a pesar sobre o orçamento nos anos seguintes, e não apenas com um caráter temporário para 2023, como era esperado.

    Para Mendes, o principal problema está no tamanho e no valor dessas propostas. A “PEC do Estouro” – apelido que ganhou o texto – foi apresentada na última quinta-feira pela equipe de transição propondo despesas extras e fora do teto de gastos de R$ 198 bilhões.

    Elas acomodam um novo Bolsa Família de R$ 600, benefícios adicionais para famílias pobres com crianças pequenas e outros programas sociais.

    “Por previsibilidade, é melhor que se faça [um aumento de despesa] permanente, mas com valor mais contido”, disse Mendes em entrevista à CNN.

    “O problema maior está no valor. Se aumentar em R$ 200 bilhões, ainda que fosse por dois ou três anos, é um estrago muito grande. A questão do prazo de duração não é um grande problema. Uma vez que aumentou, é muito difícil baixar (…). O que for aumentado agora, ainda que esteja escrito que será temporário, quando vencer o prazo, vai vir uma nova pressão para renovar.”

    *Publicado por Juliana Elias