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    Dólar paralelo tem negociações suspensas na Argentina, um dia após bater recorde de alta

    Moeda americana chegou a ser cotada a 850 pesos na última quarta-feira (4)

    Mercado paralelo de câmbio da Argentina foi paralisado nesta quinta-feira (5)
    Mercado paralelo de câmbio da Argentina foi paralisado nesta quinta-feira (5) REUTERS/Agustin Marcarian/Illustration/File Photo

    Amanda Sampaioda CNN

    em São Paulo

    Em dia de paralisação nas negociações, o “dólar blue” — como é conhecida a moeda no mercado paralelo argentino — fechou estável nesta quinta-feira (5), após bater recorde de alta na véspera.

    O fechamento desta quinta-feira se igualou ao da última quarta-feira (4), de 843 pesos por dólar, segundo o jornal Ámbito Finaciero. No entanto, na máxima da sessão de ontem, a moeda americana chegou a ser cotada a 850 pesos, novo recorde nominal.

    Segundo operadores, a paralisação dos negócios ocorreu devido a uma “repressão das autoridades ao mercado informal”. Eles afirmam que não foram estabelecidos preços de referência e as operações praticamente não foram realizadas.

    As medidas ocorrem no momento em que o governo tenta reprimir o comércio em mercados não oficiais, onde a enorme demanda por dólares elevou os preços para longe da taxa de câmbio oficial, que é rigidamente controlada e foi congelada em 350 pesos por dólar.

    Outros mercados paralelos, como o de blue chip swaps e o de dólar MEP, nos quais os participantes puderam negociar dólares por meio de transações de títulos, tiveram o peso sendo negociado a 908 e 785 por dólar, respectivamente.

    O recorde de alta do “dólar blue” na última quarta-feira embute as incertezas sobre o pleito marcado para o próximo dia 22. Em agosto, o candidato ultradireitista Javier Milei surpreendeu ao terminar as primárias em primeiro lugar.

    Entre as propostas do nome do La Libertad Avanza, Milei defende a extinção do Banco Central argentino e a dolarização da economia, propostas consideradas inviáveis por muitos economistas.

    No final de semana, no entanto, uma pesquisa mostrou o atual ministro da Economia, Sergio Massa, na liderança das intenções de voto.

    Investidores temem que uma vitória da chapa governista mantenha a política fiscal expansionista adotada pelo presidente Alberto Fernández, enquanto analistas pedem a adoção de ajustes fiscais.

    Veja também: Milei conquista eleitor argentino com ataques a Lula?

    Com informações do Estadão Conteúdo e Reuters.