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    Dividendos distribuídos por empresas de capital aberto caem 29% em 2020

    De acordo com a Economatica, essa é a primeira queda desde 2016, quando as companhias distribuíram o menor número de dividendos

    Mineradora é empresa que mais distribuiu dividendos em 2020
    Mineradora é empresa que mais distribuiu dividendos em 2020 Foto: Ricardo Moraes/Reuters

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    As empresas de capital aberto no Brasil distribuíram, ao todo, R$ 91,3 bilhões em dividendos no ano de 2020, número 29,3% inferior quando comparado a 2019 —maior número já registrado, com R$ 129,1 bilhões.

    De acordo com a consultoria Economatica, essa é a primeira queda desde 2016, quando as companhias distribuíram o menor número de dividendos, com R$ 66,9 bilhões.

    O setor que mais distribuiu dividendos na década foi o de bancos e, somente no ano passado, foram responsáveis por R$ 31,5 bilhões do total distribuído. Em seguida, vem o segmento de mineração (com a Vale sendo considerada), com R$ 18,7 bilhões. 

    Em relação às empresas que mais distribuíram dividendos, a Vale é a líder, com R$ 18,7 bilhões, seguida pelos bancos Itaú Unibanco e Santander Brasil (R$ 12 bilhões e 10,2 bilhões, respectivamente).

    A Economatica aponta que, de todas as empresas analisadas, somente o Bradesco teve uma queda no volume de dividendos e juros sobre capital próprio (JCPs) distribuídos na década, indo de R$ 17,7 bilhões em 2019 para R$ 1,4 bilhão em 2020. 

    Ao todo, ao lado da Vale e do Santander, oito empresas atingiram o maior volume de dividendos e JCP’s distribuídos, sendo elas a B3, CPFL Energia, Tim, Taesa, Copasa e Cyrela Realt.

    Divididend Yield

    Na década, o melhor momento para a distribuição de yield ou JCP aconteceu em 2011, com uma mediana de 3,32%. Em 2020, com a pandemia do coronavírus, essa distribuição teve seu pior momento, com 1,30% de mediana. 

    Em 2021, o valor sobe para 2,38%, mas, segundo a Economatica, o resultado é “maquiado”, “pois tem como referência para o cálculo o dia 31 de março de 2020, momento em que o índice Ibovespa e a grande maioria dos ativos da bolsa atingiram o pior momento da pandemia, ficando com preços baixos”.