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    Dívida pública pode crescer de forma descontrolada com PEC, diz economista

    Em entrevista à CNN, a economista-sênior da LCA Consultores, Thais Zara, avaliou a PEC do Estouro, apresentada sem uma contraproposta para o arcabouço fiscal, tem gerado preocupações no mercado quanto à dívida pública do país

    Tamara NassifProduzido por Thiago Felixda CNN

    em Sâo Paulo

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (23), a economista-sênior da LCA Consultores, Thais Zara, avaliou que a apelidada PEC do Estouro, apresentada sem uma contraproposta para o arcabouço fiscal, tem gerado preocupações no mercado quanto à dívida pública do país.

    Segundo ela, corre-se o risco da dívida crescer “de forma descontrolada” e “explosiva”.

    “São vários fatores que preocupam o mercado em relação à PEC: além do valor em si, a forma com que foi apresentada, sem qualquer tipo de amarra fiscal, e o prazo indeterminado”, disse ela.

    “Do jeito que está, a PEC não rediscute o arcabouço fiscal do país e não traz perspectivas de quando é que teríamos uma trajetória sustentável da dívida em relação ao PIB, que é a grande preocupação. Sem um arcabouço, ela pode crescer de forma descontrolada, porque são gastos que vão se manter elevados por muito tempo e sem uma discussão sobre como contrabalancear essa trajetória de dívida ‘explosiva’.”

    Na visão de Zara, “uma trajetória de dívida explosiva” aumenta o risco Brasil, que, por sua vez, pode desvalorizar os ativos nacionais de forma geral, como câmbio e Bolsa de Valores. “Essa é outra grande preocupação do mercado”, disse ela.

    “Se tivermos uma PEC mais desidratada e estruturada em relação ao que foi apresentado, em torno de R$ 100 bilhões, acredito que os mercados ainda conseguirão absorver relativamente bem, porque já se sabia que um furo no teto seria necessário para a manutenção do Auxílio Brasil.”